Netsaber » Biografias

Mario de Alencar

(poeta, jornalista, contista e romancista)
1872-1925


Mário Cochrane de Alencar, poeta, jornalista, contista e romancista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de janeiro de 1872, e faleceu na mesma cidade em 8 de dezembro de 1925. Eleito em 31 de outubro de 1905 para a Cadeira n. 21, na sucessão de José do Patrocínio, foi recebido em 14 de agosto de 1906, pelo acadêmico Coelho Neto.

Era filho do grande romancista José de Alencar, e dele herdou as excelsas qualidades de sensibilidade e de espírito. Fez os seus primeiros estudos no Colégio Pedro II, obtendo o título de bacharel em ciências e letras, e formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo.

Desde a adolescência distinguiu-se pela inclinação para a poesia e literatura, nas colaborações que manteve em órgãos da imprensa: Almanaque Brasileiro Garnier, Brasilea (1917), Correio do Povo (1980); Gazeta de Notícias (1894); O Imparcial e A Imprensa (1900), Jornal do Commercio, O Mundo Literário, Renascença, Revista Brasileira (1895-1899), Revista da ABL e Revista da Língua Portuguesa, todos do Rio de Janeiro, e também em alguns periódicos paulistas. Pseudônimos: Deina e John Alone.

Como funcionário público, foi diretor da Biblioteca da Câmara dos Deputados. Em 1904, na qualidade de secretário do ministro da Justiça e Negócios Interiores, J. J. Seabra, Mário de Alencar conseguiu que o Governo brasileiro alojasse a Academia Brasileira de Letras na ala esquerda de prédio nacional, situado entre a praia da Lapa e o Passeio Público, que recebeu o nome de Silogeu Brasileiro. Era o cumprimento do art. 1o da Lei n. 726, que dava sede oficial à Academia, graças ao empenho de Mário de Alencar. Eleito no ano seguinte para a Academia, foi segundo-secretário da instituição, de 1907 a 1910, e, nos anos subseqüentes, fez parte da Comissão da Revista (1910, 1917 e 1919); da Comissão de Bibliografia (1912); da Comissão de Lexicografia (1918) e da Comissão de Publicações (1920 e 1923). Era ainda estudante quando publicou, em 1888, a sua primeira coleção de poesia, Lágrimas. Na sua obra literária, embora pequena, encontramos um espírito sensível, fino e polido, um artista perfeito, um claro poeta e um sugestivo evocador de figuras e de almas.

Obras: Lágrimas, poesia (1888); Versos (1092); Ode cívica ao Brasil, poesia (1903); Dicionário de rimas (1906); Alguns escritos, ensaio (1910); O que tinha de ser, romance (1912); Se eu fosse político (1913); Contos e impressões (1920); Acerca da conferência O espírito moderno, Rev. ABL, 15: 247-56 (1924). Organização e prefácio: Machado de Assis, Crítica (1910)0; idem, Teatro (1910); idem A Semana (1914); Catulo da Paixão Cearense, Sertão em flor (1919); José de Alencar, Diva (1921); Páginas escolhidas dos maiores escritores: José de Alencar (1922).

Biografias Relacionadas


- Joaquim Osório Duque Estrada

Joaquim Osório Duque Estrada, crítico, professor, ensaísta, poeta e teatrólogo, nasceu em Pati do Alferes, então município de Vassouras, RJ, em 29 de abril de 1870, e faleceu no Rio de janeiro, RJ, em 5 de fevereiro de 1927. Eleito em 25 de novembro de...


- Alberto Faria

Alberto Faria, jornalista, professor, crítico, folclorista e historiador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de outubro de 1869, e faleceu em Paquetá, cidade do Rio de Janeiro, em 8 de setembro de 1925. Eleito em 10 de outubro de 1918 para a Cadeira...


- José De Alencar

José Martiniano de Alencar (1829-1877), político, jornalista, advogado e escritor brasileiro. Foi o maior representante da corrente literária indianista. Cearense, com parte da adolescência vivida na Bahia, José de Alencar formou-se em Direito e foi jornalista...


- Gustavo Dodt Barroso

Advogado, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista brasileiro nascido em Fortaleza, no Ceará, fundou e primeiro diretor do Museu Histórico Nacional. Filho de Antônio Filinto Barroso e de Ana Dodt Barroso, estudou nos...


- Adelmar Tavares

Adelmar Tavares (A. T. da Silva Cavalcanti), advogado, professor, jurista, magistrado e poeta, nasceu em Recife, PE, em 16 de fevereiro de 1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de junho de 1963. Eleito em 25 de março de 1926 para a Cadeira n. 11,...