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Claude-Joseph de Rouget de Lisle

(Militar, engenheiro, poeta menor, compositor e músico francês )
1760 - 1836


Militar, engenheiro, poeta menor, compositor e músico francês nascido em Lons-le-Saumier, Isère, que ficou famoso pela criação de La Marseillaise, o hino nacional francês. Descendente de uma família de protestantes da região de Montpellier, era filho de Claude Ignace Rouget e de Jeanne Madeleine Gaillande, uma família de cinco irmãos e três irmãs. Iniciou seus estudos em um pequeno colégio em Lons-le-Saunier, onde já demonstrava seu talento de compositor e poeta precoce. Destinado à carreira das armas, entrou para a escola de engenharia civil (1784), aspirando entrar depois no Corpo Real de Engenharia. Ingressou na carreira militar (1789) e foi como capitão destacar em Estrasburgo. No posto de capitão do Corpo de Engenheiros na guarnição de Estrasburgo (1791), tornou-se muito popular como poeta, violinista e cantor. A Revolução Francesa estava prestes a explodir, pois os reis absolutistas Louis XV e XVI tinham arruinado o país e os vizinhos percebendo o desgaste da nação gaulesa tentavam tirar vantagens sobre o território francês. Com a declaração de guerra pelo rei Louis XVI à Áustria (1792), depois de convidar o oficial-artista para participar de um banquete patriótico, o prefeito da cidade, o Barão de Dietrich, pediu-lhe que fizesse uma música de guerra para encorajar as tropas. Naquela noite de 24 para 25 de abril, ele cantou pela primeira vez em público o seu Chant de guerre pour l'armée du Rhin (1792), depois conhecido como o La Marseillaise em virtude de sua popularidade entre os voluntários de Marseille que a cantavam enquanto marchavam para Paris (1792), no início da Revolução Francesa. A partir desta época a Marselhesa ou originalmente Canto de Guerra para o Exército do Reno, tornou-se popular em todos os cantos da França e a Convenção Nacional da França escolheu-a como o canção nacional (1795). Por causa de sua associação revolucionária Napoleão deixou de usá-la solenemente depois que se coroou o imperador (1804). Louis XVIII proibiu-a quando a monarquia foi restabelecida (1815). Novamente recuperada durante a revolução (1830), foi novamente proibida no reinado de Napoleão III (1851). Passou novamente a ser tocada em todas as solenidades oficiais transformada em canção nacional oficial (1879). Finalmente foi definitivamente consolidada como o hino oficial da França no artigo 2º da Constituição Francesa (1958), registrada legalmente com o nome de A Marselhesa. A qualidade de sua melodia foi elogiada por compositores famosos como Tchaikovsky e Schumann. O curioso é que o compositor do hino da revolução era um monarquista convicto, por conseguinte não era partidário do então movimento revolucionário francês e, por isso, esteve prestes a ser guilhotinado. Sabe-se que o militar-compositor também escreveu outros hinos revolucionários, canções e libretos de ópera, encerrou sua carreira militar (1796) e passou a se dedicar a literatura e ao exercício de funções diplomáticas. Morreu em Choisy-le-Roi, aos 76 anos de idade.

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