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Gabriel-Honoré Marcel

(Pensador existencialista, filósofo e dramaturgo francês )
1889 - 1973


Pensador existencialista, filósofo e dramaturgo francês nascido em Paris, cidade onde também, de renome internacional e considerado o primeiro fenomenologista e o primeiro filósofo existencial da França, conhecido por sua oposição às tendências idealistas e racionalistas da universidade francesa na sua época, em troca de uma linha de pensamento existencialista, que ele próprio chamou de personalista.Filho único do diplomata francês Henry Marcel, perdeu sua mãe aos quatro anos e foi educado pela avó materna e por uma tia de quem recebeu educação rigorosa e que veio a ser a segunda esposa de seu pai. Quando jovem, facilitado pela natureza do trabalho de seu pai, conheceu vários países e o acompanhou quando Henry recebeu uma missão diplomática na Suécia, Marcel o acompanhou. Assim aprendeu várias línguas e conheceu a literatura de vários países, transmitindo a seus leitores franceses conhecimentos sobre os escritores estrangeiros contemporâneos. Formado na Universidade de Paris e nomeado assistente de filosofia (1910), e durante a primeira guerra serviu como oficial da Cruz Vermelha, com a difícil missão de comunicar a morte e o desaparecimento de soldados aos parentes mais próximos. Deixou a universidade (1923) para dedicar-se à música, à filosofia e à dramaturgia. Sua tese filosófica central levou-o à metapsíquica e a conversão ao catolicismo apostólico romano (1930). Pregou que era na fé ao Deus do Evangelho que se consumam os mistérios do trágico destino mortal do ser humano. Casou (1919) com Jacqueline Boegner, professora de música na Schola Cantorum de Paris, irmã de Geneviève Boegner, e ambos adotaram um filho, Jean-Marie, que inspirou o filósofo a escrever mais tarde sobre paternidade criativa e o espírito da adoção. Viúvo (1947), não mais casou e morreu em sua cidade natal. Autor de muitas obras filosóficas e um conferencista requisitado por muitos auditórios em todo o mundo, em suas obras literárias destacaram-se Journal métaphysique (1914-1923), Le Coeur des autres (1921), Rome n'est plus dans Rome (1951) e a peça Le Monde cassé (1933) e Être et avoir (1968).

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