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Sir Harold Walter Kroto

(Químico e espectroscopista de microondas britânico )
1939 -


Químico e espectroscopista de microondas britânico nascido em Wisbech, uma pequena cidade em Cambridgeshire Inglaterra, pesquisador da University of Sussex, Brighton, Great Britain, que compartilhou o Prêmio Nobel de Química (1996) com os norte-americanos Richard Smalley e Robert Curl, pelo descobrimento da estrutura dos fulerenos, grandes moléculas de carbono de forma esférica, de enorme importância para a indústria química e eletrônica. Descendente de imigrantes poloneses, quando do início da guerra (1939) sua mãe esteve confinada em Wisbech, onde ele nasceu, enquanto seu pai estava internado na Isle of Man, por serem considerados perigosos para o estado. No ano seguinte foram transferidos para Bolton, onde seu pai passou a trabalhar na construção civil. Teve educação básica em Bolton, licenciou-se em química (1961) e doutorou-se (1964) pela University of Sheffield e, depois de três anos de pós-doutorado no Canadá e Estados Unidos, entrou para University of Sussex, onde se tornou catedrático (1985). Nesse período concentrou seus esforços em espectroscopia de microondas e na radioastronomia para capturar e analisar moléculas produzidas no espaço interestelar, especialmente na detecção de moléculas de grandes cadeias de carbono e nitrogênio. Interessado em criar essas cadeias em laboratório, seus objetivos foram alcançados quando foi aos EEUU (1985), mais precisamente à Universidade de Rice, Houston, Texas, e reuniu-se com um seu conhecido, Robert Curl, que junto com outro catedrático de Rice, Richard Smalley, desenvolviam uma pesquisa sobre um laser especialmente projetado por Smalley, para vaporizar substâncias e gerar pequenos agregados de átomos, os clusters. Ele, Smalley e Curl, juntamente com os estudantes graduados James Head e Sean O'Brien, criaram minúsculos clusters de carbono a partir de grafite e, ao examiná-los, em lugar das hipotéticas grandes cadeias de carbono, a equipe surpreendida deparou-se com os fulerenos. A descoberta do novo arranjo de moléculas de carbono, esférico, foi recebida com certa incredulidade no meio científico (1985). O cientista inglês voltou à Inglaterra com o firme propósito de descobrir um método de sintetizar grandes quantidades das novas moléculas. Com seus colaboradores desenvolveram um método, porém outra equipe de cientistas britânicos publicou seu próprio método, poucos dias antes da publicação da sua equipe (1990). A confirmação da descoberta de uma nova estrutura de arranjo dos átomos de carbono, os fulerenos, fez surgir um novo e muito ativo ramo da química. A confirmação dessa descoberta, além do Nobel, permitiu-lhe obter o cargo de pesquisador da Sociedade Real de Química (1991).

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