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Isabel I de Castela, a Católica

(Rainha de Castela e Leão)
1451 - 1504


Rainha de Castela e Leão, casada com Fernando II, o Católico nascida em Madrigal de las Altas Torres, Ávila, responsável no seu reinado por uma política que favoreceu os descobrimentos e a expansão territorial, bases da formação do império espanhol. Filha de João II de Castela e de Isabel de Portugal, quando tinha três anos, seu meio-irmão Henrique IV ascendeu ao trono e ela foi posta sob sua custódia. Reconhecida pelo rei e seu meio-irmão Henrique IV como herdeira do trono de Castela (1468) pelo pacto dos Toros de Guisando, contra as pretensões de Joana, a Beltraneja, filha do próprio Henrique IV. Assumiu o trono (1479), após uma guerra civil contra Joana, desenvolvida após a morte de Henrique (1474-1478). Com a morte de João II de Aragão (1479) Fernando II, marido da rainha, assumiu ao trono aragonês, unindo-se assim os dois reinos. A expansão territorial de Castela sob o mando dos Reis Católicos, como ficaram conhecidos Isabel e Fernando, iniciou-se com a anexação do arquipélago das Canárias e terminou (1492), com a conquista de Granada, último reino muçulmano da península ibérica. O evento mais marcante do seu reinado foi a descoberta da América por Cristóvão Colombo, no qual participou ativamente do financiamento da viagem e, depois, da evangelização e implantação da igreja nas novas terras. Seu reinado também favoreceu a pecuária ovina em Castela e o comércio de lã, centralizou e fiscalizou as operações mercantis com as Índias e saneou a moeda castelhana. Politicamente fortaleceu as instituições reais, aumentou o controle sobre as ordens militares, a fazenda real, as Cortes, a justiça etc. No campo religioso e cultural, efetuou uma extensa reforma do clero, com a ajuda do cardeal Francisco Jiménez de Cisneros, e terminou o processo de unificação religiosa, com a expulsão dos judeus não-convertidos (1492) e a imposição do cristianismo à população árabe. Para fiscalizar o cumprimento dessas medidas, fortaleceu o tribunal da Inquisição, criado (1478) pouco antes de assumir o trono. Criou também uma escola palaciana, que elaborou a primeira Gramática castelhana (1492). Morreu em Medina do Campo, Valladolid, em 26 de novembro (1504). Em seu testamento, reflexo de uma concepção patrimonial do reino, não legou os direitos sucessórios a Fernando, mas à filha Joana a Louca, mãe do futuro imperador Carlos V (I da Espanha), que deu início a uma nova dinastia espanhola, a dinastia dos Habsburgos.

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