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Petrus Paulus Rubens, o Rubens

(Mestre da pintura germânico )
1577 - 1640


Mestre da pintura germânico nascido em Siegen, Vestfália, Alemanha, o pintor símbolo do estilo barroco. Filho de um advogado e diplomata flamengo exilado por motivos políticos. Órfão do pai mudou-se para Antuérpia onde estudou com vários mestres, entre os quais Otto van Veen, admirador da pintura italiana. Tornou-se mestre da guilda de São Lucas (1598) e dois anos mais tarde viajou para a Itália. Contratado por Vincenzo Gonzaga, duque de Mântua, trabalhou como pintor de corte e o quem representou em missões diplomáticas em Madri, Roma e várias cidades italianas. Nesta fase criou telas fantásticas como A coroação de espinhos (1602), Retrato do duque de Lerma (1603) e Circuncisão (1605). Com a morte da mãe (1608), regressou a Antuérpia, cidade que ficaria até sua morte, e foi nomeado pintor da corte dos arquiduques da Áustria, da Casa de Habsburgo, governadores espanhóis dos Países Baixos, para os quais pintaria numerosos retratos. Casou-se (1609) com Isabella Brandt e, nos anos seguintes, tornou-se no mais prestigiado pintor flamengo, após pintar telas monumentais como as sacras Levantamento da cruz (1610) e Deposição (1612). Fundou seu próprio ateliê no qual trabalhariam pintores como Antoon van Dyck e Jacob Jordaens, e aderiu (1615) a uma fase marcada pela sensualidade feminina e composições mitológicas, uma das marcas de sua produção, como em Rapto das filhas de Leucipo (1618). Sem desprezar suas atividades artísticas, como diplomata realizou numerosas missões diplomáticas (1620-1630) para os arquiduques da Áustria em contínuas viagens pelos Países Baixos, França, Espanha e Inglaterra, desempenhando, por exemplo, papel preponderante na obtenção do acordo de paz anglo-espanhol (1630). Carlos I da Inglaterra concedeu-lhe o título de cavalheiro. Nesse período pintou a série de telas monumentais Vida de Maria de Medici (1622-1625) e enviuvou (1626). Casou-se novamente (1930) com Hélène Fourment, jovem de 16 anos que lhe daria vários filhos e seria seu modelo predileto. Depois dos 50 anos de idade aderiu ao tom lírico e as cenas campestres e, devido essa transformação, foi considerado precursor de certos aspectos do estilo rococó do século XVIII e, em particular, da obra do francês Antoine Watteau.

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