Netsaber » Biografias

Sidonie-Gabrielle Claudine, a Mademoiselle Colette

(Romancista francesa )
1873 - 1954


Romancista francesa nascida no povoado de Saint-Sauveur-en-Puisaye, o maior nome feminino das letras francesas na primeira metade do século XX. Da infância, guardou sempre uma memória encantada, influenciada principalmente pela figura da mãe, Adèle-Eugénie-Sidonie, a quem ela adorava e chamava de Sido. O pai, Jules Colette, um incurável sonhador, fora capitão dos zuavos e perdera uma perna em batalha. Casou-se (1893) com o escritor Henry Gauthier-Villars, o Willy, catorze anos mais velho, e começou a escrever. Seu marido assinou como autor a série Claudine (1900-1903), uma obra da autora sobre sua infância. Essa sua personagem, foi a primeira teenager típica do século, a aparecer em literatura. Estas figuras de adolescentes chocaram as cabeças bem pensantes da época e seus livros eram guardados à chave, para que as meninas de boas famílias não pudessem ter-lhes acesso, inclusive colocados no Índex, do Vaticano. Divorciada (1906) tornou-se atriz do teatro de variedades, experiência que rendeu livros como La Vagabonde (1910) e L'Envers du music-hall (1913). Durante a primeira guerra mundial, tornou-se jornalista; depois dedicou-se à literatura. Na década seguinte tornou-se célebre como escritora, abordando as inquietações da juventude do pós-guerra, sob o pseudônimo literário de Colette. Foi eleita (1945) para a Academia Goncourt e recebeu a Legião de Honra, e morreu em Paris. Em sua obra fala das dores e dos prazeres do amor e são notáveis pela evocação sensorial de sons, sabores, cheiros, texturas e cores. Foram sucesso livros como Chéri (1920), Le Blé en herbe (1923), La Maison de Claudine (1922), La Chatte (1933), Duo (1934), Gigi (1944), L'Étoile Vesper (1947) e Le Fanal bleu (1949). Um das glórias da França e da Literatura, escreveu livros, aparentemente destinados a meninas bem comportadas que, afinal, eram tão escandalosos como a vida da autora. Foi a primeira mulher francesa a ter direito a um funeral de Estado, apesar de o arcebispo de Paris ter recusado oficiar a cerimônia religiosa, o que suscitou críticas de católicos devotos como Graham Greene, e até hoje causa admiração e suscita controvérsias.

Biografias Relacionadas


- Marguerite Yourcenar

Marguerite Yourcenar nasceu em 1903, em Bruxelas (Bélgica). Yourcenar é um anagrama imperfeito de seu sobrenome verdadeiro: Crayencour. Descendente de uma família de origem aristocrata, não chegou a conhecer a mãe, que morreu poucos dias após o seu...


- Roger Martin Du Gard

Escritor e paleógrafo francês nascido em Neuilly-sur-Seine, Prêmio Nobel de Literatura (1937). Estudou paleografia em Paris, e seu primeiro livro, um estudo das ruínas da abadia de Jumièges, embora versasse sobre arqueologia, já mostrou sinais da vocação...


- Lygia Fagundes Telles

Escritora contista e romancista brasileira nascida em São Paulo, Estado de São Paulo, que recebeu o Prêmio Camões (2005), o mais importante na literatura em língua portuguesa, dotado com 100 mil euros. Filha de um promotor e delegado de polícia, viveu...


- T. S. Eliot

Nascido nos Estados Unidos, Thomas Stearns Eliot se sentia culturalmente ligado à Europa. Membro de uma família puritana de origem britânica, naturalizou-se inglês em 1927 e morou em Londres a partir dos 22 anos de idade. Os Eliot eram ligados às tradições...


- Graham Greene

Henry Graham Greene nasceu na Inglaterra, em 1904. Aos 13 anos, vai para um colégio interno; solitário e humilhado pelos colegas, tenta o suicídio várias vezes. É então mandado para Londres, onde faz tratamento psiquiátrico por seis meses. Seu analista...