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Pepino III, o Breve

(Rei dos francos fundador da dinastia carolíngia)
714 - 768


Rei dos francos fundador da dinastia carolíngia, primeiro rei dos francos a ser ungido, primeiro por são Bonifácio e depois pelo papa Estêvão II. Filho mais novo de Carlos Martel, duque dos Austrasianos e de Rotruda de Trêves, casou-se com Berta de Laon (720) e teve três filhos: Carlos Magno, imperador do Ocidente, Carlomano, rei da Nêustria e Gisela de França. Com a morte do pai (741), herdou os morgados de Nêustria, Borgonha e Provença, enquanto seu irmão mais velho, Carlomano, ficava com a Austrásia, a Alemânia e a Turíngia. Na verdade, nenhum soberano reinara sobre todos os francos a algum tempo (737-741), mas para manter a aparência da unidade merovíngia, os dois irmãos concordaram em ceder a coroa a Childerico III. Para se manter no trono lutou contra seu meio-irmão Grifo (741) sufocou revoltas na Aquitânia e na Alemânia (742), guerreou contra o duque da Baviera (743) e, com a decisão de Carlomano de ingressar no convento (747), tornou-se único regente dos francos. Com apoio do papa Zacarias, depôs Childerico III e foi eleito rei de todos os francos e, ungido solenemente rei pelo arcebispo Bonifácio (751), representante do papa, se fez coroar em Soissons (751). Reiniciou a cunhagem de moeda na Europa e assumiu o monopólio deste serviço, decidindo sobre a atividade das casas de cunhagem, o peso das moedas, o seu valor e os caracteres representados, recuperando o sistema utilizado pelos antigos gregos e romanos e mantido no Império Romano do Ocidente. Exilado na França, fugindo do rei lombardo Astolfo, o papa Estevão II realizou sua segunda coroação como rei dos francos e, antes de morrer (768), declarou seus filhos, Carlos, que passaria à história como Carlos Magno, e Carlomano, herdeiros legítimos do trono franco (753). Depois com seu exército derrotou Astolfo (756) e restituiu as propriedades do papa. Morreu em Saint Denis, em 24 de setembro, de volta de uma expedição à Aquitânia. A importância do seu reinado, residiu no fato de reunificar os povos e territórios francos, consolidar a aliança com a Igreja Católica ao combater os lombardos na Itália e centralizar o poder.

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