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Moisés Espírito Santo

(Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa)
Batalha, Leiria, 1934.



Moisés Espírito Santo Bagagem ( Batalha, Distrito de Leiria, ano de 1934 ) é Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, sociólogo e etnólogo.

Até ao ano de 1963, ano em que emigrou para a cidade de Paris, França, onde residiu até ao ano de 1980, trabalhou, em Portugal, em vários lugares da Função Pública. De 1963 a 1973, em França, exerceu a profissão de animador cultural, direccionado para o meio imigrante português e magrebino, por conta de vários organismos estatais da República Francesa, tendo procedido a uma actividade de difusão e de animação cultural na emigração portuguesa, tendo fundado as primeiras associações de emigrantes (com actividades de formação e de animação cultural) em colaboração com os municípios e os sindicatos. Fundou também o primeiro jornal de língua portuguesa em França («Jornal do Emigrante»).

Em 1973, matriculou-se na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales(VIe Section)[1]; [2], tendo-se Diplomado em «Sociologia Rural», com a tese Comunidade Rural ao Norte do Tejo – Estudo de Sociologia Rural, no ano de 1976, produto de uma investigação de terreno, sob a orientação do Professor Placide Rambaud(1922-1990) (Director do 'Centre de Sociologie Rurale' e Director de Estudos Titular no 'Centre National de la Recherche Scientifique'), e tendo-se Doutorado em «Sociologia das Religiões», no ano de 1979, com a tese La Religion Paysanne dans le Nord du Portugal (Thèse 3ème cycle Sociol.), Paris, 1979, 409 f.,sob a orientação do Professor Émile Poulat[3](Director do 'Centre de Sociologie des Religions' e Director de Estudos Titular no 'Centre National de la Recherche Scientifique'). A tese de Doutoramento foi publicada, em Portugal, no ano de 1984, com o título de 'A Religião Popular Portuguesa'.

Em 1980, foi contratado pela Universidade Nova de Lisboa para leccionar Sociologia Rural no Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, como Professor Auxiliar Convidado : instituição universitária da qual é, actualmente, Professor Catedrático, sendo responsável pelas Cadeiras de Sociologia da Vida Religiosa, de Sociologia Rural Aprofundada, de Sociologia da Vida Quotidiana e de Etno-Sociologia das Sociedades Mediterrânicas, leccionando também nos vários Mestrados em Sociologia, mas também em Ecologia Humana e em Estudos Portugueses, para além de dirigir o Curso de Pós-Graduação em Sociologia do Simbólico e do Pensamento Religioso e de orientar várias teses de Mestrado e de Doutoramento nas áreas em que é especialista, tendo orientado as teses de vários docentes, quer em Portugal quer no estrangeiro, que ocupam, actualmente, cargos universitários de relevo, do qual são exemplos relevantes Maria Antonieta Garcia ou António Rebelo Delgado Tomás (Universidade da Beira Interior). É fundador e presidente da Associação de Estudos Rurais da Universidade Nova de Lisboa, do Instituto Mediterrânico da Universidade Nova de Lisboa, do Instituto de Estudos e de Divulgação Sociológica da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa.


Investigação

Sociologia das Religiões

Moisés Espírito Santo foi, em Portugal, o primeiro investigador a realizar trabalhos de Etnologia científica, ao dar inteligibilidade científica à cultura popular/étnica/tradicional portuguesa (com uma abordagem científica, objectiva, com conceitos e métodos científicos: abordagem etnológica e sociológica, muito diferente da abordagem literária, poética, filosófica ou propagandista feita por grande parte dos eruditos, publicistas e académicos portugueses ao longo dos tempos, identificando a sua origem cultural-matriz : Fenícia/Cananeia/Púnica/Cartaginesa), cujos 'modos de vida' dos seus estratos baixos eram exaltados, de modo propangandista, por grande parte dos estudos etnográficos e folclóricos, promovidos pelo Estado Novo, com muito pouco rigor científico e com carácter mítico, tendo sido um dos percursores dos estudos de Sociologia Rural, com a realização do estudo Comunidade Rural ao Norte do Tejo - Estudo de Sociologia Rural. Nele se descrevem, a partir da observação participante, os mecanismos sociológicos que, então, regiam as sociedades rurais portuguesas, predominantemente agrícolas, e promoviam a sua coesão, onde já descreve e analisa os cultos anteriores à implementação do Catolicismo Romano e que permaneceram até ao século XX em confronto social com ele, utilizando, no terreno, os conceitos operatórios utilizados pelos sociólogos franceses de “religião popular”, conjunto de mitos e rituais anteriores ao Catolicismo Romano e que foram reapropriados por ele, e “religião institucional”, Catolicismo Romano, no capítulo VII : ‘A Religião da Freguesia e a sua Função’, pp.153-199., : génese dos estudos de Sociologia das Religiões no qual se especializou, que foram bastante desenvolvidos pelo Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa, que se dedica à investigação em Sociologia e Etnologia das Religiões, nomeadamente nas áreas do Sagrado, da Laicidade e do Abstencionismo Religioso, à promoção de Cursos Livres sobre o estudo dos fenómenos religiosos e à edição de estudos de Sociologia das Religiões. O Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões tem, até à data, quinze obras publicadas, algumas das quais em várias edições e inaugurou a Colecção «Ambientes Sociais», que tem como objectivo fundamental a publicação de trabalhos noutras áreas das Ciências Sociais e Humanas, congregando, na cidade de Lisboa, várias dezenas de pessoas que organizam, periodicamente, encontros científicos, denominados ‘Semana de Estudos das Religiões’, com vários especialistas, para além de ter organizado três congressos sobre ‘Religião e Ideal Maçónico’, com a colaboração do Centro de Estudos Afonso Domingues, nos anos de 1994, de 1998 e de 2001. O Instituto convida os especialistas em Sociologia das Religiões para a formação complementar dos alunos, tendo instalado, em 1999, um curso livre de «História e Doutrina do Esoterismo Ocidental» (trimestral, três horas semanais) sob a direcção do Doutor José Anes, para além de estar atento a todas as propostas de reflexão sobre as religiões e a mudança religiosa.


Culturas do Mediterrâneo

O Professor Moisés Espírito Santo foi também um dos primeiros investigadores portugueses a identificar, sob uma perspectiva etnológica e numa análise que considera os processos sociais num contexto temporal de longa duração, ou seja, durante séculos e milénios, a identidade mediterrânica das populações do território português e a defender o seu enquadramento no espaço cultural do Mediterrâneo : com a matriz cultural Fenícia/Cananeia/Púnica/Cartaginesa comum a todo o seu território, mas com maior incidência no Noroeste Português ( e também na Galiza e nas Astúrias): aquilo a que os arqueólogos e os historiógrafos tradicionais denominam, em estereótipo, 'Civilização dos Crastos e das Citânias', a que se sucederam as Culturas Hebraica e Judaica a Norte, como culturas dominantes, que estão no fundamento da organização sócio-económica constituída pelo regime senhorial enfiteutico, pelos morgadios/vínculos, pelas famílias troncais do Noroeste Português (e também na Galiza e nas Astúrias) das casas brasonadas (brasões anteriores ao reinado de D. Manuel I, O Venturoso), para além de algumas zonas de Trás-os-Montes e das Beiras (investigação preliminar sobre este assunto na obra O Brasonário Português e a Cultura Hebraica, editada em 1997, onde se identifica, ainda que de modo preliminar, a origem cultural de um sistema sócio-económico que permaneceu quase até, à contemporaneidade, no Noroeste Peninsular) culturas que foram, completamente, esquecidas pelo Ensino Greco-Latinista das Universidades Portuguesas, durante muito tempo sob a orientação da Igreja Católica Romana, ministrado sob uma óptica católico-romana, desde o seu início na Idade Média até aos anos setenta do século XX; Por sua vez, constata-se que o Centro e o Sul foram colonizados por Tribos Berberes (Tribos Macemuda e Zenaga, com a invasão de 711, chefiadas por alguns líderes Árabes - investigação preliminar sobre este assunto na obra Os Mouros Fatimidas e as Aparições de Fátima, editada em 1995 e melhorada em 1998 (4ªedição), que ocuparam o espaço onde estava implantado a Cultura Romana e onde se implantou, com maior incidência, com a substituição da Igreja Católica pelo Império Romano, as estruturas do Catolicismo Romano, como a Inquisição (Évora, Lisboa e Coimbra), demonstrando-se, assim, a inexistência da influência de outros povos inventados pelos cronistas clássicos e pelos arqueólogos e historiógrafos portugueses ao longo dos séculos (devido à factores de ignorância) como os Celtas, os Suevos, os Godos, os Visigodos ou os Árabes, entre muitos outros, diagnóstico também constatado por outros sociólogos europeus como Paul Deschamps na obra L’Histoire Sociale du Portugal (1939, 1959, p.30) : “A influência árabe, em Portugal, foi menos importante do que se julga. Certas palavras têm uma falsa etimologia árabe ou uma origem mista, outros têm sido falsamente atribuídas aos Árabes com o pretexto de que estes são semitas. Nós sabemos que essas palavras vêm dos Fenícios, e que outras são simplesmente hebraicas.” As Culturas do Mediterrâneo pré-clássicas têm sido estudadas pelo Instituto Mediterrânico da Universidade Nova de Lisboa, que tem realizado encontros científicos de cariz internacional, como o Iº Congresso Mediterrânico de Etnologia Histórica - A Identidade Mediterrânica, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, na cidade de Lisboa, no ano de 1991, que reuniu mais de duzentos especialistas do Mediterrâneo provenientes de todo o Mundo, e o Iº Encontro Luso-Marroquino de Cooperação, que decorreu na cidade de Rabat, em Marrocos, no ano de 1993, com a colaboração do Instituto Luso-Árabe para a Cooperação, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Marroquina e a Association Ribat Al Fath.O Instituto Mediterrânico edita a Revista Mediterrâneo – Revista de Estudos Pluridisciplinares sobre as Sociedades Mediterrânicas, da qual Moisés Espírito Santo é director e que co-fundou no ano de 1992. A revista tem, até à data, 13 números publicados, com uma média de 300 páginas por número, contando com colaboradores das mais diversas instituições universitárias da Europa e do Médio Oriente. A revista é temática; comporta um Conselho Consultivo com elementos de Portugal, França, Espanha, Marrocos e Tunísia, um Conselho Editorial e um conselho de Colaboradores Permanentes que são os sucessivos coordenadores. Não tem um conselho redactorial próprio, abrindo-se à colaboração dos especialistas das áreas do Mediterrâneo, da Faculdade ou exteriores, que se propõem organizar números temáticos das respectivas especialidades. O Instituto Mediterrâneo possui um fundo bibliográfico sobre o Islão e outro sobre o Judaísmo e mantém contactos com cerca de duzentas e cinquenta associações da Europa, do Magrebe e do Médio-Oriente, orientando os seus interesses para a Sociologia, a Geo-Política e a História do Mediterrâneo.


Estudos de Toponímia

Moisés Espírito Santo é também responsável pela realização dos únicos estudos sobre toponímia realizados em Portugal com credibilidade científica, derivados do método proposto pelo investigador francês Victor Bérard, Les Phéniciens et L’Odissée (1927), para a toponímia dos países do Mediterrâneo, que aperfeiçoa, denominado ‘método da constelação local’, tendo percorrido milhares de quilómetros por todo o Portugal e vasculhado os lugares mais recônditos, guiado por cartas militares, deslocando-se de autocarro, de táxi ou a pé, tendo de transportar, às costas, sacos de pedras, barros e metais para a precisão cronológica do carbono 14, tendo feito muitos milhares de “slides” e de fotografias: tipo de investigação no terreno exposta, sobretudo, nas obras Ensaio Sobre Toponímia Antiga(1988), Fontes Remotas da Cultura Portuguesa(1989) e Cinco Mil Anos de Cultura a Oeste — Etno-História da Religião Popular numa Região da Estremadura (2004), onde se desvela a origem etimológica cananeia/fenícia/púnica/cartaginesa/hebraico antigo de toda a toponímia do território português e onde se comprova a falsidade de todos outros métodos de análise de feição latinista utilizados, até então, pelos publicistas e letrados portugueses desde o aparecimento dos Estudos Superiores na Idade Média e onde se demonstra que a língua falada, em todo o território português, antes da colonização romana, era a fenícia/púnica/cananeia/cartaginesa/hebraico antigo e que se fundiu, em crioulo, com o Latim, língua do ocupante utilizada na administração e, mais tarde, com o decorrer da evolução social, utilizado nas universidades e nas estruturas religiosas da Igreja Católica Romana (ordens religiosas, inquisição, dioceses e paróquias) como língua dominante, apesar do Fenício/Cananeu e os valores da Cultura Fenícia/Cananeia, de feição matriarcal e matrifocal, terem permanecido, como língua e cultura dominadas, em muitos casos quase intactos, nos meios mais isolados e arcaicos do território português, até à contemporaneidade, identificáveis em muitos dos seus aspectos sociais e culturais, como descreve Natália Correia : “O trabalho de Moisés Espírito Santo vai muito além de uma exploração da etnologia comparada das religiões. Ela mergulha no âmago da cultura identificada através das crenças e dos ritos fortemente impregnados da imagem materna. E, nessa descida às grutas mais recônditas da psique portuguesa, faz-nos ver os arquétipos que explicam a fragilidade da supremacia institucional do poder masculino. Uma matriarcalidade interiorizada que não oferece estímulos aos feminismos históricos que prosperam nas sociedades onde não vigora o predomínio mais ou menos visível dos valores femininos. O estratagema do mariavalismo camufla-os? O próprio acratismo da índole portuguesa hostil à patriarcalidade do Estado, descobre-os. O homem português só se reconhece seguro no seio materno.” (posfácio à obra Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa). O Professor Moisés Espírito Santo fez tabula rasa das investigações realizadas pelos linguístas portugueses ao longo dos tempos, baseadas em pressupostos latinistas ou celtistas, pan-germanistas e anti-semitas, construídos pelos latinistas portugueses desde o aparecimento dos Estudos Superiores na Idade Média e pelos intelectuais europeus pan-germanistas, celtistas e anti-semitas durante o século dezanove, retomando as teses preliminares desenvolvidas pelo Cardeal Saraiva, identificando unicamente duas origens linguísticas que formaram a língua portuguesa: o Latim e as várias variantes do Fenício/Púnico/Cartaginês : o cananeu/cananita/ugarítico, o acadiano/acádio, o assírio e o hebraico antigo, para além das palavras gregas (introduzidas, sobretudo, nas estruturas universitárias) e dos estrangeirismos modernos e contemporâneos.


Divulgação Sociológica

Moisés Espírito Santo é também director da Revista «Fórum Sociológico», que fundou em 1992 e que é editada pelo Instituto de Estudos e Divulgação Sociológica da Universidade Nova de Lisboa. Primeira Série : do ano de 1992 a 1999. Segunda Série : a partir de 1999. A Revista Fórum Sociológico tem, até à data, cerca de 18 números publicados, com uma média de 400 páginas por número, é uma publicação destinada à difusão de pequenos trabalhos científicos(papers), investigações não necessariamente acabadas, susceptíveis de provocar debate sobre a actualidade. Está aberta a uma colaboração alargada de alunos, investigadores e docentes das várias áreas das Ciências Sociais. O Instituto de Estudos e Divulgação Sociológica, para além de divulgar estudos de Sociologia, tem realizado encontros de carácter socio-económico, do qual se destaca “Setúbal - 10 anos em Retrospectiva” - fórum realizado, no ano de 1995, na cidade de Setúbal com a intervenção das várias instituições e dos protagonistas sociais da região.


Principais publicações

Considerado, por alguns académicos, um dos etnólogos e sociólogos portugueses mais representativos e uma referência científica na área de Sociologia das Religiões, com uma obra categorizada pela Bibliotéque Nationale de France como ‘ forme savante à valeur internationale ’, dele disse o sociólogo francês Émile Poulat : “J’ai vu naitre un chercheur de race. Vi afirmar-se uma vocação de investigador.” (prefácio à obra A Religião Popular Portuguesa ) e Natália Correia descreve a sua obra como “dimensão de obra-prima de um discurso etnológico que desvenda as memórias arquetípicas armazenadas na cultura popular e que a cultura urbana recalca.” (posfácio à obra Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa), sendo um dos académicos e investigadores pioneiros, em Portugal, no âmbito das Ciências Sociais, cuja obra de investigação ainda está por compilar, traduzir e transmitir nos vários graus do Sistema de Ensino. Da sua obra de investigação sociológica e etnológica, para além dos inúmeros prefácios, preâmbulos e posfácios a vários estudos científicos e académicos e de apresentações a revistas académicas, de inúmeras comunicações proferidas dentro e fora da Universidade, da colaboração na imprensa francesa e portuguesa e de centenas de entrevistas de índole científico para os mass-media, destacam-se os seguintes trabalhos de investigação:


Livros

* 1972 – Un Village Portugais (em co-autoria com Nicole Cherbuet), Saint Denis, Logement et promotion sociale, 45 páginas.
* 1977 - Le Geant Adamastor et Autres Contes du Portugal(em co-autoria com Maria Padez-Kotzi),Paris, La Farandole, 60 páginas.
* 1980 - Comunidade Rural ao Norte do Tejo – Estudo de Sociologia Rural(com prefácio de Placide Rambaud),Lisboa, Instituto de Estudos para o Desenvolvimento, 222 páginas.
* 1981 - Portugal arte popular : diapositivos comentados (com revisão de matriz de Maria Beatriz Rocha Trindade), Lisboa, Instituto de Apoio à Emigração e às Comunidades Portuguesas, 18 páginas
* 1984 - A Religião Popular Portuguesa(com prefácio de Émile Poulat), Lisboa, Edições ‘A Regra do Jogo’,270 p.; 2ªedição: Lisboa, Assírio & Alvim, Colecção Peninsulares/Especial Nº21, 1990, 296 páginas(2ªedição revista e aumentada. Várias reimpressões da 2ªedição).
* 1987 - O Concelho da Batalha(com fotografias e design de Severino Pereira), Lisboa, Câmara Municipal da Batalha, 140 páginas.
* 1988 - Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa seguido de Ensaio sobre Toponímia Antiga(com posfácio de Natália Correia),Lisboa, Assírio & Alvim, Colecção Peninsulares/Especial Nº10, 395 páginas.(várias reimpressões)
* 1989 - Fontes Remotas da Cultura Portuguesa,Lisboa, Assírio & Alvim, Colecção Peninsulares/Especial Nº16, 396 páginas.(várias reimpressões)
* 1993 - Origens do Cristianismo Português, precedido de A Deusa Síria de Luciano de Samoçata,Lisboa, Instituto de Socologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 242 páginas ( 1ª edição), 1997 (2ªedição).
* 1993 - Dicionário Fenício-Português :10 000 vocábulos das línguas e dialectos falados pelos Fenícios e Cartagineses desde o século XXX a.C., englobando o fenício, o acadiano, o assírio e o hebraico bíblico,Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 290 páginas, 2ª edição: 1994.
* 1995 - Lição: Introdução Sociológica ao Islão,Vila Nova de Gaia, Estratégicas Criativas, 64 páginas(Lição para a obtenção do grau de Professor Agregado em Sociologia das Religiões, proferida na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa nos dias 27 e 28 de Março de 1995)
* 1995 - Os Mouros Fatimidas e as Aparições de Fátima,Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 400 páginas. (quatro edições. A quarta edição (1998) foi melhorada e aumentada. Foi feita, recentemente, a 5ª edição: Lisboa, Assírio & Alvim, 2006. - 281, [6], p. : il. ; 24 cm. - Lusitânia ; 6 -ISBN 972-37-0932-5) e existe uma tradução parcial da obra em italiano por Marcello Saco: Fátima Magica — Le Apparizioni di Fátima fra Cristianesimo Popolare e Misticismo Islamico, Le Nardo Itália, BESA Editrice, 1999,ISBN 88-86730-89-6.
* 1997 - O Brasonário Português e a Cultura Hebraica, Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 302 páginas, 2000 (2ªedição).
* 1999 - Comunidade Rural ao Norte do Tejo seguido de Vinte Anos Depois, Lisboa, Associação de Estudos Rurais da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 351 páginas.
* 2001 - Origens do Cristianismo Português (Versão Corrigida e Melhorada,Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 320 páginas.
* 2002 - A Religião na Mudança : A Nova Era, Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 303 páginas.
* 2004 - Cinco Mil Anos de Cultura a Oeste — Etno-História da Religião Popular numa Região da Estremadura,Lisboa, Assírio & Alvim, Colecção Peninsulares/Especial, 535 páginas.


Estudos/Artigos

* 1983 - “La Religion des Paysans Portugais”, Paris, Archive du Centre Culturel Portugais de la Fundation Calouste Gulbenkian, pp.49-78
* 1983 - “Langages réligieux et spacialités” em Espaces et Culture (coordenação de Pierre Pellegrino), Berne, Éditions Georgi, Saint Saphorin, pp.23-77.
* 1984 - “Sobre a visão e os costumes no que respeita à regionalização e à descentralização : regionalização e desintegração social.”em Regionalização e Desenvolvimento, Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda, pp.77-89
* 1985 - “Dois Modelos de Educação Familiar”em Contexto - Revista de Estudo Multidisciplinar da Família (dirigida pela antropóloga Manuela Fazenda), Volume 1, nº2, Lisboa, pp.135-147.
* 1987 - “Sexualidade e Religião” em Sexologia em Portugal, Volume 2,(coordenação de J. Allen Gomes, Afonso de Albuquerque e J. Silveira Nunes)Lisboa, Texto Editora, pp.23-54.
* 1990 - “Cidade ou campo: onde se vive melhor? ”, em Revista «Problemas e Práticas», N.º8, Lisboa, ISCTE, Setembro, 1990 (com João Ferrão, António Fonseca, Afonso Barros e Vítor Matias Fereira).
* 1992 -“Apresentação- Mediterrâneo : porquê e para quê?”; -“A Escrita Ibérica - interpretação da escrita e da língua ‘pré romanas’ ” em Revista Mediterrâneo - Revista Pluridisciplinar sobre as Socidades Mediterrânicas, nº1, Lisboa, Instituto Mediterrâneo da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, pp.3-5 e pp.179-220.
* 1993 -“O que é um Judeu?” estudo prévio à reedição da obra de Samuel Schwarz de 1925, Os Cristãos-Novos em Portugal no século XX, Lisboa, Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, pp.IX-XXII.(duas edições).
* 1995 - "O touro na Bíblia: símbolo de Deus e vítima sacrificial.” em Revista Mediterrâneo -Revista Pluridisciplinar sobre as Sociedades Mediterrânicas, nº5/6, Lisboa, Instituto Mediterrânico da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, Jul./Dez. 1994, Jan./Jun. 1995, pp.11-21.
* 1996 - “A chamada escrita ibérica: decifração de três inscrições púnicas de Espanha” em Revista Mediterrâneo - Revista Pluridisciplinar sobre as Sociedades Mediterrânicas, nº8/9

Lisboa, Instituto Mediterrânico da Universidade Nova de Lisboa e Gráfica 2000, 1996, pp.289-309.

* 1998 - -“Emergência do Indivíduo na Sociedade Pós-Moderna” em A Vivência do Sagrado - (Núcleo de Psicologia Transpessoal da Universidade de Lisboa), Lisboa, Editora Hugin, pp.19-28.
* 2001 - Texto em Lisboa, Oeste e Vale do Tejo. Ligar a Europa e o Atlântico: competitividade e solidariedade (coordenação de António Fonseca Ferreira ; prefácio de Álvaro Guerra), Lisboa, Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo, 2001, 123 p.

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