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Nicodemos Sena

(Jornalista)
08-07-1958, Santarém, Pará



NICODEMOS SENA - Romancista da Amazônia


Nicodemos Sena nasceu no dia 8 de julho de 1958, em Santarém, Pará, Amazônia brasileira. Passou parte de sua infância entre os índios maués, na região de fronteira entre os estados do Pará e Amazonas, experiência que para sempre o marcaria. Em 1977, veio para São Paulo, onde se formou em Jornalismo, pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), e em Direito, pela USP (Uni-versidade de São Paulo).
Em 1999, estreou com o romance “A espera do nunca mais – uma saga a-mazônica” (Editora Cejup, Belém, PA, 876 páginas).
Em 2000, “A espera do nunca mais” conquistou o Prêmio Lima Barre-to/Brasil 500 Anos, da União Brasileira de Escritores (UBE/Rio de Janeiro).
Seu segundo romance, “A noite é dos pássaros” (Editora Cejup, 136 pág., 2003), foi primeiramente publicado em forma de folhetim, no jornal “O Estado do Tapajós” (Pará, Brasil) e na revista eletrônica portuguesa “TriploV”.
Nicodemos Sena aparece no Dossier Amazónico publicado na revista literá-ria portuguesa “Construções Portuárias” (nº01, 2002), no qual um trecho de “A noi-te é dos pássaros” foi incluído, ao lado de importantes escritores da Amazônia, co-mo Max Martins, João de Jesus Paes Loureiro, Vicente Franz Cecim, Age de Carvalho, Benedicto Monteiro e Benedito Nunes.
Fragmentos de “A noite é dos pássaros” foram publicados nas revistas “Palavra em Mutação” (nº02, 2003) e “Storm-Magazine”, ambas de Portugal. Em 2003, “A noite é dos pássaros” conquistou o prêmio Lúcio Cardoso, da Academia Mineira de Letras, e, em 2004, Menção Honrosa no prêmio José Lins do Rego, da União Brasileira de Escritores (UBE/Rio de Janeiro).
Os romances de Nicodemos Sena mereceram comentários em grandes jor-nais do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Goiânia, Brasília e Belém do Pará (“O Globo”, “O Estado de São Paulo”, “Jornal da Tarde”, “Estado de Minas”, “Hoje em Dia”, “A Tarde”, “O Liberal”, “Jornal Opção”, “Caderno Bra-sília”) e da Cidade do Porto, em Portugal (“O Primeiro de Janeiro”).
Sobre a ficção de Nicodemos Sena já se manifestaram importantes críticos e escritores brasileiros, entre os quais Antonio Olinto, Nelly Novaes Coelho, Olga Savary, Fábio Lucas, Oscar D’Ambrosio, Antonio Carlos Secchin, Dirce Lorimier Fernandes, Ronaldo Cagiano, Acyr Castro, Manoel Hygino dos Santos, Nelson Hoffmann, Carlos Nejar, Tanussi Cardoso e Adelto Gonçalves.
Nicodemos Sena vem sendo considerado a revelação da literatura amazônica nos últimos anos, tornando-se verbete na “Enciclopédia de Literatura Brasileira”, direção de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa (edição conjunta da Global Editora, Fundação Biblioteca Nacional, DNL, Academia Brasileira de Letras, 2ª edição, 2001).
A obra ficcional de Nicodemos Sena expressa o conflito étnico-cultural en-tre dois mundos – o do colonizador europeu e o do índio autóctone. Por seu estilo vigoroso e a temática inspirada na vida das populações marginalizadas da Amazônia (índios e caboclos), a crítica já comparou esse romancista da Amazônia a grandes ficcionistas brasileiros, como Graciliano Ramos, João Ubaldo Ribeiro, Mário de Andrade e Érico Veríssimo, e a importantes ficcionistas latino-americanos, como o paraguaio Augusto Roa Bastos e o peruano José María Arguedas.

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