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Jean-Baptiste-Antoine-Marcelin, barão de Marbot

(Famoso memorialista da época napoleónica)
Nasceu em Altillac, França, em 18 de Agosto de 1782;
morreu em Paris em 16 de Novembro de 1854.



Membro de uma família nobre do Quercy, era filho do general Marbot, antigo membro das guardas do corpo do rei Luís XV de França, mais tarde ajudante de campo do conde de Schomberg, e com a guerra da revolução general de divisão nos exércitos franceses que combateram nos Pirinéus.

O pai morreu em 1801, deixando dois filhos, o mais novo dos quais - Jean Marcelin -, entrou para o exército aos 17 anos, para o regimento de hussardos n.º 1, tendo sido ajudante de campo de três marechais do Império - Augereau (de 1803 a 1807), Lannes (de 1808 a 1809) e Masséna (de 1809 a 1811) -, e participado por isso em todas as campanhas importantes do Império. Nestas funções chegou, em 1810, ao posto de major, sendo nomeado cavaleiro do império.

Fez como segundo ajudante de campo de Masséna a campanha de Portugal de 1810-1811, conhecida como Terceira Invasão Francesa de Portugal.

Em 1812 foi promovido a coronel do regimento de Caçadores n.º 23, participando na campanha da Rússia desse ano e na campanha da Alemanha de 1813. Em 1814, com a Restauração dos Bourbons em França, e o licenciamento do regimento, foi transferido para o comando do regimento de hussardos n.º 7.

Foi promovido a general de brigada, em 17 de Junho de 1815, nas vésperas da batalha de Waterloo, mas a derrota de Napoleão impediu a confirmação da nomeação. Proscrito em Julho de 1815 pela segunda Restauração, partiu para o exílio regressando a França em 1819. Publicou em 1820 a obra Remarques critiques, em que respondia ao tratado sobre a guerra do general Joseph Rogniat, em que defendia a importância do factor humano, em contraste com a teoria pura de Rogniat. Em 1825 publicou uma obra sobre o novo exército francês, com o título De la nécessité d'augmenter les forces militaires de la France. Napoleão doou-lhe cem mil francos no seu testamento, com a seguinte declaração: «... Ao coronel Marbot: proponho-lhe que continue a escrever em defesa da glória das armas francesas, confundindo os caluniadores e os apóstatas!...»

Reintegrado no exército em Março de 1829, enquanto comandante do regimento de Caçadores n.º 8, com a subida ao trono de Luís-Filipe de Orléans, após a Revolução de Julho de 1830, tornou-se ajudante de campo de Fernando, duque de Orléans, príncipe real e comandante-chefe do Exército francês. Foi promovido ao generalato em Outubro seguinte, e nesse posto participou no cerco de Anvers, na guerra de independência da Bélgica e combateu na Argélia. Em 1845 foi nomeado Par de França.

As Memórias da época do Império, foram escritas para os seus filhos, tendo sido publicadas somente em 1891.


1782-1854


Nasceu em Altillac, França, em 18 de Agosto de 1782;
morreu em Paris em 16 de Novembro de 1854.



Membro de uma família nobre do Quercy, era filho do general Marbot, antigo membro das guardas do corpo do rei Luís XV de França, mais tarde ajudante de campo do conde de Schomberg, e com a guerra da revolução general de divisão nos exércitos franceses que combateram nos Pirinéus.

O pai morreu em 1801, deixando dois filhos, o mais novo dos quais - Jean Marcelin -, entrou para o exército aos 17 anos, para o regimento de hussardos n.º 1, tendo sido ajudante de campo de três marechais do Império - Augereau (de 1803 a 1807), Lannes (de 1808 a 1809) e Masséna (de 1809 a 1811) -, e participado por isso em todas as campanhas importantes do Império. Nestas funções chegou, em 1810, ao posto de major, sendo nomeado cavaleiro do império.

Fez como segundo ajudante de campo de Masséna a campanha de Portugal de 1810-1811, conhecida como Terceira Invasão Francesa de Portugal.

Em 1812 foi promovido a coronel do regimento de Caçadores n.º 23, participando na campanha da Rússia desse ano e na campanha da Alemanha de 1813. Em 1814, com a Restauração dos Bourbons em França, e o licenciamento do regimento, foi transferido para o comando do regimento de hussardos n.º 7.

Foi promovido a general de brigada, em 17 de Junho de 1815, nas vésperas da batalha de Waterloo, mas a derrota de Napoleão impediu a confirmação da nomeação. Proscrito em Julho de 1815 pela segunda Restauração, partiu para o exílio regressando a França em 1819. Publicou em 1820 a obra Remarques critiques, em que respondia ao tratado sobre a guerra do general Joseph Rogniat, em que defendia a importância do factor humano, em contraste com a teoria pura de Rogniat. Em 1825 publicou uma obra sobre o novo exército francês, com o título De la nécessité d'augmenter les forces militaires de la France. Napoleão doou-lhe cem mil francos no seu testamento, com a seguinte declaração: «... Ao coronel Marbot: proponho-lhe que continue a escrever em defesa da glória das armas francesas, confundindo os caluniadores e os apóstatas!...»

Reintegrado no exército em Março de 1829, enquanto comandante do regimento de Caçadores n.º 8, com a subida ao trono de Luís-Filipe de Orléans, após a Revolução de Julho de 1830, tornou-se ajudante de campo de Fernando, duque de Orléans, príncipe real e comandante-chefe do Exército francês. Foi promovido ao generalato em Outubro seguinte, e nesse posto participou no cerco de Anvers, na guerra de independência da Bélgica e combateu na Argélia. Em 1845 foi nomeado Par de França.

As Memórias da época do Império, foram escritas para os seus filhos, tendo sido publicadas somente em 1891.




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