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CASSIANO GABUS MENDES

(Diretor de novelas e programas de TV)
1927-1993


Cassiano Gabus Mendes nasceu em São Paulo, a 29 de julho de 1927. Filho do radialista Octávio Gabus Mendes, que era também seu ídolo, desde garoto Cassiano freqüentou as emissoras de rádio, onde trabalhava seu pai, sendo radioator juvenil. Era praticamente seu auxiliar e isso o ajudou a ser seu seguidor, pois o pai o deixou cedo, aos 40 anos de idade. Cassiano e a irmã Edite que estavam na casa dos vinte anos, começaram a trabalhar mais intensamente para ajudar no sustento de sua mãe viúva e dos demais irmãos. Cassiano estava na Rádio Tupi e foi ele o depositário dos “scripts” do pai, realmente um radialista de enorme talento. Cassiano Gabus Mendes deu continuação à obra do pai na Rádio Tupi, e logo à seguir, quando veio a televisão, foi convidado para ser diretor artístico. Estava com menos de 24 anos. Foi com grande capacidade que se tornou chefe e colocou de pé o veículo, que nem sequer conhecia. Mas, como o pai, conhecia e amava o cinema, o que o ajudou muito. E tinha capacidade de aglutinar amigos, como: Walter George Durst, Dionísio Azevedo, Sillas Roberg, Álvaro de Moya, Túlio de Lemos, Aurélio Campos, Homero Silva, Walter Forster, Ribeiro Filho, enfim, era plêiade de grandes autores!
O seguiram e a programação foi feita. A exemplo do pai, o próprio Cassiano adaptou filmes para a televisão e foi assim que já em 1950, ano da inauguração, adaptou “A Vida Por Um Fio”, para a TV. Fez o maior sucesso. Então Cassiano e seu grupo idealizaram o memorável “TV de Vanguarda”, que permaneceu no ar por 16 anos consecutivos, sempre com adaptações dos maiores filmes, peças e livros. Foi também Cassiano Mendes que lançou o seriado “Alô Doçura”, onde enfocava problemas conjugais. Esse programa também durou anos. Além de dirigir a parte artística de toda a emissora, Cassiano escrevia e dirigia seus programas e o fazia diretamente, isto é, no switcher, na sala de cortes. Ele era o selecionador de imagens, “diretor de TV”. Ficou nas Emissoras Associadas até 1976, quando passou para a Rede Globo de Televisão, e ali se dedicou só a escrever. Assinou trabalhos importantes, como: “Anjo Mau”; “Locomotivas”; “Plumas e Paetês”; “Marron-Glacê”; “Ti Ti Ti”; “Brega e Chique”; “Elas por Elas”; “Que Rei Sou Eu?”; “O Mapa da Mina”; “Meu Bem, Meu Mal”, e outras. Cassiano Gabus Mendes casou-se com a também atriz Elenita Sanches e eles tiveram dois filhos, que mais tarde dedicaram-se à arte de representar: Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus, ambos atores da Rede Globo. Cassiano Gabus Mendes faleceu em 18 de agosto de 1993. Deixou muitos amigos, mas sobretudo admiradores e seguidores, pois todos sabem que foi ele quem deu as peculiaridades que a televisão brasileira tem, fazendo-a uma das melhores do mundo.

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