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JOÃO LÔREDO

(Ator e diretor)
1930-


João Luiz Rodrigues Maia de Alvarenga Lôredo é João Lôredo. É filho de Etelvino Lôredo, que foi menino pobre, mas conseguiu vencer como comerciante. Mulato, bonito, casou-se com Luiza, que é branca. A mãe de João Lôredo vive até os dias de hoje, quando está com 95 anos. João Lôredo nasceu em 04 de julho de 1930. Família de seis irmãos, que sempre foram incentivados a estudar. Todos se formaram. João fez Psicologia e também é professor de Português, Geografia, Matemática e História. Com boa base, pois foi interno do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu. João Lôredo foi sempre um garoto inteligente, mas gostava era de cantar e foi assim que iniciou sua carreira artística. Fez parte do Coro dos Apiacás, de Madame Lucila Villa-Lobos, que foi a primeira esposa do maestro Villa-Lobos. Já ganhava um pequeno cachê mensal e o pai, sempre ordeiro, fez com que João abrisse uma Caderneta na Caixa Econômica Federal, espécie de poupança da época. Já um pouco maior, dirigiu-se à Rádio Mayrink Veiga, e se empregou como radio-ator. Era o ano de 1945, quando ele então foi para a Rádio Nacional. Depois foi para a Rádio Tupi. Ao mesmo tempo era professor e, embora garoto, dirigia atores, num teatro amador. Começou também a escrever e com 20 anos, com a ajuda da mãe que o financiou, publicou um livro de poemas: "Tempestade", prefaciado por Ziraldo, que ainda não era famoso à época. Logo João Lôredo passou para a Televisão Tupi, levando para ela o grupo de teatro amador e dirigindo ele próprio. Era um garoto prodígio. Passou a tomar parte do departamento que preparava as moças para fazerem comerciais ao vivo. Fundou esse departamento, que no Rio não existia. Era o homem dos "sete instrumentos", pois havia escrito um livro de poemas, começou a escrever para rádio e televisão, era ator e diretor. Estava em todas. Em 1954, ganhou da Revista do Rádio, medalha de melhor ator. Escreveu com sucesso o programa "Variety". Depois foi para a TV Continental, onde ficou 10 ou 12 anos, ao lado do diretor Costa Lima. Depois voltou para a TV Tupi, tendo passado logo para diretor artístico e de produção. Foi também para a TV Cultura de São Paulo. Fazia viagens semanais São Paulo - Rio de Janeiro. Esteve ainda na TV Paulista de S.Paulo. Dirigia também peças de teatro, entre as quais: "A Feia", com Mirian Pires, que foi um enorme sucesso. Em S.Paulo, ao lado de amigos como Walter Ribeiro dos Santos, Tácito Monteiro, fundou a "Videum", primeira produtora independente de televisão. E este mesmo grupo assumiu a direção da Rádio Piratininga, que era uma das últimas em audiência, colocando-a logo a um dos primeiros lugares. Passou também logo a ser diretor de teatro da Rede Tupi de Televisão. Foi aí que o já famoso Boni, da TV Globo, o chamou. Lôredo aceitou. Estavam querendo lançar o "Fantástico, o Show da Vida". E o rapaz, irrequieto, participou das reuniões iniciais e foi o primeiro a dirigir o programa, no ar até os dias de hoje. Na Globo ficou por 10 anos e ali dirigiu as figuras mais importantes e "difíceis" da televisão brasileira, como: Costinha, Grande Otelo, Dercy Gonçalves, Chico Anysio. E sempre se deu bem com eles. Segundo Boni: "Lôredo dirige com um chicote numa mão e uma rosa na outra". Esteve também na TV Record, na TV Bandeirantes e outra vez na Record, onde dirigiu a primeira fase do "Programa do Ratinho". Fez amigos, muitos dos quais conserva até hoje. "Não preciso ensinar nada a eles, só orientá-los", diz . João Lôredo publicou na Revista Amiga, em capítulos, o primeiro volume do livro a que deu o nome de: "Verdadeira História da Televisão Brasileira". Mas, com a morte de Adolpho Bloch, dono da Rede Manchete e da referida revista, os demais volumes da história, não foram publicados e ele espera por editora, para lançá-los. Hoje Lôredo é consultor da TV Bandeirantes e vive na cidade de Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, mas próxima ao Rio de Janeiro. E, como sempre, o eternamente irrequieto psicólogo, professor, ator, diretor, continua de lá para cá. É jovem, é corajoso, é forte e ainda vai fazer várias coisas, pois como ele mesmo diz, gosta de ajudar as pessoas e gosta de trabalhar. "E sou também um tremendo paizão e sou feliz". Este é João Lôredo, o homem dos "sete instrumentos".

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