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LUIZ FRANCFORT

(Ator)
1937-


Luiz Antonio de Freitas Francfort nasceu em 1º de fevereiro de 1937 na cidade de São Paulo (SP). Luiz é filho do jornalista Julio Correia Francfort e de Adélia de Freitas Francfort. O gosto pela comunicação talvez a genética tenha influenciado, pois seu pai era fundador e membro da 1ª diretoria da Associação Paulista de Imprensa, eleição onde derrotou Assis Chateaubriand e consagrou como presidente da associação o jornalista Alberto Siqueira Reis. Seu avô, o cônsul francês Maurice Louis Francfort também era do ramo. Este e seu pai eram responsáveis pela Agência Havas (futura "France Presse") no Brasil. Mas o contato de Luiz com a televisão se deu em 1951, quando na padaria de seu bairro foi assistir com a família a transmissão noturna da PRF-3 TV Tupy-Difusora. Até hoje se lembra com saudade das primeiras imagens: o desenho do Pica-pau (sem dublagem), o anúncio dos Colírios Moura Brasil e o telejornal "Imagens do Dia". Definitivamente aquelas imagens mudaram sua vida. Seu primeiro emprego não foi na televisão, mas não conseguiu deixar de lado o sonho de trabalhar em uma. Em 1952 levou seu currículo à TV Tupi, mas não teve resultado. Não desistiu. Foi direto à recém-inaugurada TV Paulista, canal 5. Ficou trabalhando como operador de projeção de filmes e slides. Em 1956 o telefone toca... O sonho de trabalhar na TV Tupi ia se realizar. Transferiu-se da Consolação para o Sumaré. Continuou trabalhando na projeção e conheceu a máquina de nome "Graytellop" (GT), a primeira a fazer fusões de cartões. Depois se tornou câmera-men, quando conheceu seu grande amigo e colega David Grinberg. Fez teleteatros, shows, telejornais, transmissões esportivas...Chegou ao cargo de diretor de TV. Mas numa época em que se ganhava muito pouco, Francfort teve que deixar de lado a carreira e conseguir algo mais rentável para se casar. Em 1960 foi então trabalhar na loja de quadros e molduras "Casa da Raposa". Ficou um tempo lá e depois foi estagiar na Macife S/A Indústria e Comércio de Ferro e Aços Especiais de Curitiba (PR). Chegando em Curitiba teve uma surpresa. Em uma festa o deputado Nagib Chede o convidou para instalar a 1ª TV regional do Paraná. Assim, por dez meses, ele e a sua irmã Alzira, estruturaram e colocaram no ar a TV Paranaense, canal 12. Conheceu ali o publicitário Renato Mazaneck e o técnico Olavo Bastos Freire Filho, que fez a primeira transmissão experimental no Brasil, em Juiz de Fora (MG) no ano de 1945. De dia fazia estágio, de noite colocava a TV no ar. Tornou-se diretor artístico da emissora. Participou da comitiva do governador do Paraná, Moisés Lupion, quando da inauguração de Brasília, onde foi possível apenas fazer a cobertura para as rádios de Nagib Chede. Em 1961 voltou para São Paulo e ficou trabalhando na Macife, como gerente regional e procurador da matriz de 1962 até 1970. Em caráter de emergência foi chamado pelos amigos para levantar a TV Excelsior, que estava mergulhada em dívidas. Foi produtor e assistente de direção, fez planejamento de programação, produziu shows de auditório e jornalísticos (como os de Francisco Petrônio, Maria Stella Splendore e Ferreira Neto), fez a decupagem de novelas e redigiu originais de minisséries para a TV. Criou programas que não chegaram a ir ao ar, como o semanal "Mulher 70". Nem mesmo com o pedágio voluntário que fizeram na porta do Teatro Cultura Artística, para arrecadar dinheiro, conseguiram salvar o canal 9. E Luiz estava lá, quando tristemente viu o cristal da emissora ser tirado do transmissor. A união dos profissionais da Excelsior felizmente não acabou, já que boa parte se transferiu para a TV Gazeta, que estava para ser inaugurada. No canal 11 teve sua melhor fase profissional, quando naquele ambiente "familiar" teve a possibilidade de criar e fazer de tudo. Foi responsável pelo planejamento e montagem dos estúdios da emissora no prédio da Avenida Paulista, 900. Criou programas, organizou e implantou diversos departamentos: Comercial, de Divulgação, entre outros... Foi produtor e redator de telejornais e chegou a assistente da Direção Geral, ao lado de Marco Aurélio Rodrigues da Costa. Atingiu o cargo de Superintendente de Operação e Diretor Adjunto de Rádio e TV. Nesse meio tempo, fez parte da equipe que foi ao Porto de Santos receber os primeiros equipamentos coloridos da América Latina, pertencentes à TV Gazeta. E dessa mesma forma, fez a primeira transmissão colorida em 1972: a corrida de Fórmula 1 e a mensagem do Presidente da República, em pool nacional de emissoras, gerado pela TV Gazeta para inaugurar o sistema no Brasil. Foi responsável pelo início das negociações entre Gazeta e Globo pela construção da grande torre das duas emissoras sobre o Edifício Cásper Líbero. Criou ao lado do "Tico" (Silvio Alimari) programas como "Clarice Amaral em Desfile", chamadas, logotipos e vinhetas para emissora. O pioneirismo da TV Gazeta foi além. Assim, Luiz Francfort, foi encarregado de chefiar missão especial à Buenos Aires, representando a TV Gazeta, a Fundação Cásper Líbero, o Governo Federal do Brasil e o da Argentina, para inaugurarem no país a TV colorida em 1975. Fizeram assim, no 1º Festival do Folclore da OTI (Organização das Televisões Ibero-Americanas) a primeira transmissão colorida da Argentina pela emissora ATC (antiga TV Belgrano). Conhecido no mercado por implantações de TV, Luiz é chamado pela Rede Bandeirantes em 1978 para implantar e administrar 1 emissora, e depois, mais 2 geradoras e 3 sucursais de Santa Catarina, pertencentes ao Grupo Cecrisa. Já comandando a TV Eldorado (canal 9 de Criciúma), Luiz se responsabiliza pela reestruturação da TV Cultura de Florianópolis, emissora que antes pertencia aos Diários Associados e a Rede Tupi de Televisão. Assim, implanta em Santa Catarina a Rede de Comunicações Eldorado (RCE), conseguindo o êxito de serem as campeãs de audiência da região e as com maiores índices no IBOPE em toda Rede Bandeirantes de Televisão. Luiz, após se tornar o diretor da RCE, é chamado pela Rede Bandeirantes novamente e volta em 1984 para São Paulo, tornando-se Assessor Administrativo-financeiro da Direção. Faz a implantação, o controle e o funcionamento da TV Bandeirantes - Presidente Prudente (SP). Cria o modelo de gestão "Show-Ban" e faz o controle financeiro do "Show do Esporte" (de Luciano do Valle), líder de audiência da rede. Em 1985 Francfort volta para a TV Gazeta, que precisava urgentemente se reposicionar no mercado televisivo. Como Diretor Geral instala o novo setor técnico e faz as primeiras negociações para a implantação da MTV (Music Television / EUA) no Brasil. A imprensa não entende a parceria entre Gazeta e MTV, achando que esta estaria comprando parte do canal 11. O projeto não vai para frente, só se realizando 5 anos depois, agora tendo o Grupo Abril como parceira. Luiz sai da Gazeta e fica um tempo afastado do meio. Em 1988 retorna ao mercado televisivo tornando-se Gerente Administrativo da Rede Manchete em São Paulo. E em 1990 apresenta ao mercado paulista de agências e anunciantes a novela "Pantanal", maior sucesso da emissora. Por um tempo, como Gerente de Produção Regional faz com que o Sambódromo do Anhembi pinte o chão de branco, dando maior contraste nas transmissões televisivas do carnaval paulistano. Torna-se responsável pela implantação da nova sede da emissora no bairro do Limão também em 1990. Em 1993 cria com a irmã sua própria empresa: CNC Brasil - Centro Nacional de Comunicações. Fez da televisão uma paixão familiar. Em 1994 fazem uma co-parceria administrativa com a RTL - Rádio e Televisão Litoral, emissora pioneira na Baixada Santista. No mesmo ano são responsáveis pela terceirização de boletins e pelo desenvolvimento de idéias para alguns programas da Rede Mulher de Televisão. Em 1997 Luiz começa a estudar Oceanografia na USP e é convidado pela instituição para ficar quatro meses em Portugal, estudando no conceituado Aquário Vasco da Gama. Hoje é indicado por eles como uma das maiores autoridades em Oceanografia no Brasil. Francfort casou-se duas vezes, sendo "Nina" (Regina da Glória Lopes) sua esposa desde 1976. É pai de Fabio Lobo Francfort. Sempre criativo, Luiz dedica-se hoje ao projeto de parque-temático Aquanarium, um dos muitos parques que já projetou. Ele sempre foi um desenhista nato, um criador e implantador de pequenos e grandes projetos. Definir Luiz Francfort é definir alguém que ama e se dedica ao máximo àquilo que faz.

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