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Monteiro Lobato

(Escritor brasileiro)
18-4-1882, Taubaté (SP)
4-7-1948, São Paulo (SP)


Depois de escrever para adultos, criar a indústria livreira no país, fazer campanha para o saneamento e a criação da indústria siderúrgica e petrolífera, aos 52 anos Monteiro Lobato investiu na literatura infanto-juvenil e elaborou a saga do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Revolucionou o gênero, consagrando-se como um dos maiores escritores do país. Na série, confiando na inteligência da criança e usando tudo aquilo de que ela gosta (humor, originalidade, surpresa, diálogo e muita ação), o escritor criou um universo mágico habitado por personagens que povoam a imaginação de muitos brasileiros. O melhor exemplo é a boneca de pano Emília, que representa a criança livre e teimosa, mas boa companheira. São outros personagens do Sítio: Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, Saci e Marquês de Rabicó. Nascido em Taubaté, foi em 1895 para São Paulo, ingressando na Faculdade de Direito. Formado, foi promotor público em Areias (Vale do Paraíba, São Paulo). Em 1911, herdou a fazenda de São José de Buquira, para onde se mudou. Lá escreveu seu primeiro livro de contos, Urupês (1918), um sucesso de público e crítica, enfocando costumes, tipos e linguagens regionais. Nele criou Jeca Tatu, o protótipo de lavrador brasileiro. Depois escreveu Cidades Mortas (1919) e Negrinha (1920), sem alcançar o brilho do primeiro. Criou a Monteiro Lobato & Cia., primeira editora nacional (até então os livros brasileiros eram impressos em Portugal). Com A Menina do Narizinho Arrebitado (1921), com edição de 50 mil exemplares, começou a pensar na série do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Mas, preocupado com literatura adulta e com o mundo dos negócios, desligou-se da idéia. Em 1927, partiu para os Estados Unidos na condição de adido comercial do Brasil em Nova York. Exonerado, voltou em 1931. Encantado com o progresso norte-americano, escreveu América (1931) e convenceu-se de que a produção de ferro e petróleo retiraria o país do subdesenvolvimento. Envolvido na questão, publicou O Escândalo do Petróleo (1936), sendo perseguido e criticado. Em 1941, depois de enviar a Getúlio Vargas uma violenta carta denunciando sua política petrolífera, foi condenado a seis meses de prisão, sendo liberado após 90 dias. Amargurado e empobrecido, retornou à literatura infanto-juvenil. Escreveu 23 livros do Sítio do Pica-Pau Amarelo, entre eles: Saci, Caçada de Pedrinho, Viagem ao Céu, O Minotauro, Os Doze Trabalhos de Hércules, A Reforma da Natureza, A Chave do Tamanho, Memórias da Emília.

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