90% dos cortes orçamentários podem incidir sobre o Poder Executivo, diz ministro



O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, admitiu a possibilidade de 90% dos cortes no Orçamento de 2008 incidirem sobre o Executivo, observando, entretanto, não ter ainda os números exatos dessa redução. O governo federal pretende realizar um corte de R$ 20 bilhões para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira CPMF - cuja arrecadação, caso o tributo ainda existisse, tinha estimativa de cerca de R$ 40 bilhões para este ano.

Paulo Bernardo reuniu-se nesta quarta-feira (9) com o presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos e Fiscalização, senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator-geral da proposta orçamentária, deputado federal José Pimentel (PT-CE). Após o encontro, José Maranhão voltou a defender cortes na proposta orçamentária para 2008 proporcionais ao orçamento de cada Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Foi ao concordar com essa proporcionalidade na redução de recursos que o ministro Paulo Bernardo reconheceu a possibilidade de 90% dos cortes incidirem sobre o Executivo. O relator-geral do orçamento prometeu entregar seu relatório final no dia 12 de fevereiro.

As lideranças da base aliada no Congresso Nacional devem se reunir nesta quinta-feira (10) com representantes do Executivo para discutir os cortes no orçamento. O ministro ressaltou que o trabalho mais difícil começa com o detalhamento dos cortes, que ainda será feito.



09/01/2008

Agência Senado


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