Agricultores comemoram primeira década do assentamento Nova Amazônia
Agricultores dos assentamentos Nova Amazônia e Nova Amazônia I comemoram nesta sexta-feira (15) e no sábado (16), os dez anos de criação dos projetos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na zona rural de Boa Vista, capital roraimense.
A programação começa às 8h30, com um culto ecumênico, na sede do Polo II, na vicinal 10, do assentamento Nova Amazônia. Durante todo o dia, haverá torneio de futebol, corrida do ovo na colher, corrida de bicicleta, disputa no pau de sebo, escolha da rainha e do mister do projeto e bingo. Os festejos se encerram com show de forró com bandas locais.
No sábado, as comemorações continuam com as atividades esportivas e corrida de cavalo mestiço e pé duro. A entrega dos prêmios aos vencedores será realizada às 20h. Após, haverá mais um bingo, seguido de show com a banda Cateretê, quando será escolhido o melhor casal em dança de forró.
Histórico
O projeto de assentamento Nova Amazônia foi criado em 15 de outubro de 2001, através da Portaria/SR-25/nº. 010/2001, localizado em duas áreas distintas: as fazendas Murupú e Cauamé, situadas à margem esquerda da BR-174, a 30 km da capital Boa Vista. A outra compreendida na fazenda Truarú, localizada na margem direita da BR-174, a 45 km de Boa Vista, com capacidade para atender 800 famílias.
Esse complexo, medindo 77.688,3800 hectares, era popularmente chamado de Fazenda Bamerindus. O imóvel foi repassado pelos proprietários para a União em uma ação de dação em pagamento. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) transferiu a titularidade ao Incra, para implementação do Programa Nacional de Reforma Agrária –PNRA.
O assentamento das famílias começou em novembro de 2003. Em abril daquele ano, centenas de agricultores acamparam a margem esquerda da BR-174, na entrada da Fazenda Murupú, com o objetivo de conseguir uma parcela rural no projeto.
Inicialmente, foram assentadas as famílias acampadas nos Polos II e III. A partir do mês de janeiro de 2004, foram efetivados os assentamentos do restante das famílias acampadas, dos trabalhadores oriundos da antiga Fazenda Bamerindus que ainda residiam na sede, de hortigranjeiros oriundos do Bairro Operário, em Boa Vista, e de trabalhadores rurais do entorno da Fazenda Bamerindus e do Monte Cristo, no total de 262 famílias. Elas receberam lotes nas áreas definidas como Polo I, II, III e IV.
No ano de 2005, instalou-se o Polo V, composto por famílias vindas do Rio Grande do Sul, que foram pioneiras no cultivo de grãos (soja e arroz) e da fruticultura, ao mesmo tempo em que foram assentados os agricultores do Polo II.
Posteriormente, o assentamento foi dividido em dois. Hoje, o projeto Nova Amazônia ocupa uma área de 27.391,2700 hectares, com capacidade para 570 famílias. Atualmente, 567 parcelas estão ocupadas. Já o Nova Amazônia I mede 35.062,4035 hectares, com capacidade para 430 parcelas, das quais 427 estão ocupadas. Uma parte desse assentamento foi destinada para desinstrusados da terra indígena Raposa Serra do Sol.
Produção
Os dois assentamentos constituem hoje um importante pólo de produção de alimentos para a capital do Estado de Roraima. Os agricultores fornecem para feiras e supermercados de Boa Vista hortaliças, legumes, mel, queijo, ovos, soja, galinha e pequenos animais como suínos e caprinos, além de peixes e produtos artesanais como biojoias e cestarias.
Aos sábados, eles realizam uma feira livre na entrada do bairro Caranã, com acesso pela BR-174. Os produtos, a maioria orgânicos, atraem o consumidor por serem frescos e com preços acessíveis, uma vez que são vendidos diretamente pelos agricultores, sem atravessadores.
Fonte:
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
13/11/2013 13:25
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