Aliança nacional entre PT e PMDB continua sólida, afirma Raupp



O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou nesta segunda-feira (10) que a aliança entre o partido e o PT para as eleições presidenciais continua sólida. Ele ressaltou, porém, que as duas legendas ainda têm de chegar a acordos quanto à disputa em alguns estados. Com outras lideranças do PMDB, Raupp se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para tentar acabar com uma crise entre os partidos, mais acentuada na Câmara dos Deputados.

- Em muitos estados não será possível caminhar juntos, mas estabelecer procedimentos, como no caso do Ceará, do Rio de Janeiro. Temos que estabelecer procedimentos que não venham a resultar em enfrentamentos que possam comprometer a aliança nacional - disse Raupp.

O senador do PMDB de Rondônia informou também que os dois partidos voltam a se encontrar na próxima quinta-feira para continuar a debater as alianças regionais. Quanto à reforma ministerial, Valdir Raupp disse que o tema ainda não entrou em pauta.

- Os ministros que vão sair para disputar eleições têm até o começo de abril para deixar os cargos. Temos ainda quase um mês para fazer essa reforma. O PMDB, como partido, sempre tem dito que os ministérios são de competência exclusiva da presidente da República.

Valdir Raupp afirmou esperar que a crise entre o PMDB da Câmara e o governo esteja chegando ao final.

- Não podemos dinamitar pontes. Se tiver alguma dinamitada, vamos reconstruir para conseguir fazer a travessia.

Aliança

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMBD-AL) também participou do encontro com a presidente Dilma Rousseff. Disse que o diálogo foi importante para qualificar a aliança entre os dois partidos.

- O que deve caracterizar a relação do PMDB com o PT e com o governo não é esse embate permanente. É o debate. É a qualificação da aliança. Os compromissos que podem ficar definidos desde já, declarou Renan.

Renan Calheiros afirmou também que as diferenças no PMDB fazem parte do DNA da legenda. Lembrou que desde a fundação do partido havia os segmentos, como o grupo dos autênticos e o dos moderados. Compatibilizar essas diferenças, segundo Calheiros, é a arte da política.

- Não são divisões em função do fisiologismo, mas do método de se fazer política. Eu acho que nós temos que aproveitar essas oportunidades para enfatizar a necessidade da política. Isso será bom para todos.

Posição do PT

Em entrevista à Rádio Senado, o senador Jorge Viana (PT-AC) assegurou que a crise entre os dois partidos se limita às eleições estaduais.

- O que temos é uma influência maior das disputas regionais. O PMDB é um partido que não tem sido cabeça de chapa para presidente há muitas eleições e se prende muito às eleições estaduais. Temos problemas em vários estados que vão requerer muita paciência das lideranças e também um pouco de tempo - declarou Viana.

Com informações da Rádio Senado



10/03/2014

Agência Senado


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