Almeida Lima protesta contra matéria do jornal Correio Braziliense



O senador Almeida Lima (PMDB-SE) rebateu reportagem publicada nesta quarta-feira (22) pelo jornal Correio Braziliense, segundo a qual o parlamentar utilizou milhagem acumulada com passagens pagas pelo Senado em programa de fidelidade de companhia aérea para viajar ao exterior em companhia de sua esposa. Ele qualificou a matéria jornalística como "uma ignomínia, uma blasfêmia, uma agressão ao Senado Federal".

Almeida Lima lembrou que defende a imprensa brasileira, mas a reportagem do jornal - que também chamou de indigna e qualificou como "uma excrescência" -, "não contribui com a instituição democrática neste país e não contribui com o Senado Federal". O senador disse ter autoridade moral e política para dizer que, em mais de seis anos de mandato no Senado, não contribuiu com nenhum ato e nenhuma ação política "para macular a imagem desta instituição".

O senador protestou pela manchete do jornal - "Farra das passagens chega ao Senado" - e da matéria ser ilustrada com uma foto dele. Para Almeida Lima, esta é "uma matéria menor" frente à "história bonita em defesa das liberdades democráticas" que tem o jornal. O parlamentar afirmou que o jornal "não agiu com seriedade".

Almeida Lima disse que o jornal tratou como uma indignidade o uso das milhagens a que ele tem direito. Isso, em sua opinião, é "uma irresponsabilidade, não só do jornal como do jornalista".

- Não trago aqui nenhuma preocupação, porque conheço muito bem o que fiz e o que faço. E não cometi nenhuma indignidade, não cometerei nenhuma indignidade - afirmou o senador.

Almeida Lima ainda negou que a nova resolução do Senado viesse clarear os procedimentos sobre uso de passagens aéreas pelos parlamentares. Para ele, na verdade, a nova resolução vem normatizar de forma diferente do que estava normatizado. Segundo ele, as normas não eram obscuras, mas muito claras:

- Ou seja, nada mais do que a síntese que farei neste instante: cada parlamentar senador tem uma cota de passagens por mês, de quem as normas da Casa não pedem prestação de contas. A cota de passagens é para uso do senador ao seu talante, ao seu critério, sem prestação de contas - afirmou o senador, acrescentando que os parlamentares podem transferir suas cotas para uma agência de viagens, "contratada mediante licitação", que administra as requisições.



22/04/2009

Agência Senado


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