Alvaro Dias rebate declarações de Chávez contra a imprensa e o Congresso



"O boquirroto governante da Venezuela responsabiliza a imprensa brasileira certamente imaginando que pode fazer aqui o que faz em seu país, onde estabelece implacavelmente a censura, onde manda fechar emissora de televisão e comanda o processo de comunicação para atender aos seus escusos interesses de permanência no poder indefinidamente". A declaração do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) foi dirigida ao presidente Hugo Chávez, que neste final de semana teria acusado congressistas e setores da imprensa brasileira de promoverem uma campanha para impedir uma aliança entre o Brasil e a Venezuela.

Na avaliação do senador, o Brasil não pode aceitar que Chávez ofereça lições de autonomia, independência e democracia, já que este não seria o modelo praticado na Venezuela. Alvaro Dias destacou a importância de defender o Parlamento brasileiro dos ataques que vem sofrendo. Ele lembrou que alguns escândalos que atingiram o Executivo e o Legislativo criaram uma predisposição nas pessoas de agressão à instituição parlamentar.

- Atacar parlamentares que eventualmente tenham se comportado mal é um direito e até uma obrigação, mas é inteligente preservar a instituição. Não podemos confundir a ação de parlamentares com o conceito da instituição parlamentar no estado de direito democrático. Ela é imprescindível, insubstituível, permanente, definitiva e essencial - afirmou Alvaro Dias.

Lino Oviedo

Alvaro Dias também comunicou sua participação, no sábado passado (22), em Assunção, no Paraguai, da festa de comemoração pela libertação do ex-general Lino Oviedo. O senador destacou que as investigações concluíram que os crimes dos quais Oviedo foi acusado não existiram e que o ex-general vem liderando as pesquisas de opinião pública para a disputa presidencial que ocorrerá em abril do próximo ano.

Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) opinou que o Brasil deve pedir perdão por ter promovido, junto com a Argentina e o Uruguai, o mais sangrento conflito armado internacional ocorrido no continente americano, a Guerra do Paraguai. Ao final do seu pronunciamento, Alvaro Dias pediu inserção nos Anais do Senado de artigo da escritora Lya Luft, intitulado "Vai piorar", publicado na edição da Veja deste final de semana, no qual ela prega tolerância zero com tudo que desmoraliza e humilha a população e defende uma "faxina" no Congresso a partir das próximas eleições.



24/09/2007

Agência Senado


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