Amir Lando homenageia Dia da Saúde mas lamenta situação de Rondônia



O senador Amir Lando (PMDB-RO) homenageou em discurso o Dia Nacional da Saúde, transcorrido no último dia 8, data de nascimento do médico sanitarista Oswaldo Cruz, em 1872. Oswaldo Cruz foi o fundador da medicina experimental brasileira e erradicou a febre amarela e a varíola no Rio de Janeiro, no começo do século 20. Lando lamentou que em seu estado, Rondônia, não seja possível a comemoração devido à grave crise da saúde pública local.

- A saúde em Rondônia encontra-se moribunda, em estado de agonia, e os milhares de brasileiros que escolheram aquele pedaço de pátria para habitar e criar filhos, buscando o progresso e a prosperidade, vêm pagando um preço insuportável pelo quadro desesperador da saúde pública no estado - disse o senador.

Amir Lando disse que a mortalidade infantil em Rondônia, mesmo com as taxas em declínio, continua a apresentar um dos maiores índices em relação aos demais estados da Federação. As principais causas de morte são afecções do período pré-natal, infecções intestinais e doenças do aparelho respiratório, o que mostra um quadro social de pobreza, desnutrição e ausência de saneamento básico e educação. Há ainda os casos numerosos de morte por doenças transmissíveis, como doenças infecciosas, hanseníase, tuberculose, hepatite, malária, parasitas intestinais e leishmaniose.

O senador disse que a rede hospitalar de Rondônia vem crescendo, com investimentos na rede, com hospitais e postos de saúde, mas sem funcionários ou médicos em número suficiente para atender à demanda de pacientes.

- Na verdade, os problemas da saúde não são apenas decorrentes da falta de recursos, mas sim da falta de planejamento e gerenciamento adequado, e sobretudo da falta de vontade política do governo - acrescentou Amir Lando.

O senador informou que 60% da população de Rondônia vive na área rural, onde os ambulatórios são altamente deficientes em pessoal e equipamentos. Atualmente, em Rondônia, trabalham cerca de 2,5 mil agentes comunitários de saúde, 110 médicos e 110 enfermeiros que atuam nos programas de assistência à saúde da família, o que, ressaltou o senador, -é irrisório para atender a todo o estado-.



22/08/2003

Agência Senado


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