Análise do PPB: um governo contra o Rio Grande



Não se diga que vivemos um desgoverno. O governo Olívio é, isto sim, um péssimo governo, que decide de modo insuficiente e errado sobre o que realmente interessa à sociedade. O governo Olívio expulsou a Ford, e com ela, dezenas de outras empresas. Com isso, furtou o Rio Grande, pelo resto de nossas vidas, a cada ano, uma produção industrial equivalente ao valor de nossas lavouras de arroz e soja somadas. Desestruturou os órgãos de segurança pública e, enquanto concentra todas as suas energias contra as instituições policiais, justifica, complacente, as ações dos bandidos. A insegurança transformou-se em medo e o medo em pânico. O governo Olívio serve em conta-gotas o que anunciava com fartura: primeiro emprego, crédito educativo, transporte escolar, seguro agrícola, universidade estadual, ranchos para as famílias carentes, leite para as crianças, créditos para as cooperativas, conservação de estradas, novas rodovias, habitações populares. O governo Olívio celebra, como coisa sua, os êxitos decorrentes de tudo que frontalmente combateu. Formado por mentes marxistas, contrárias à livre iniciativa, pretende ter méritos próprios no crescimento econômico gerado pela atividade de um setor privado que detesta. Comemora, como produto de medidas que não tomou, nem saberia tomar, o aumento de nossas exportações industriais decorrentes da reforma cambial. Festeja o crescimento de receitas impulsionado por segmentos produtivos contra cuja privatizações lutou e que, se pudesse, voltaria a estatizar. O governo Olívio tudo sacrifica no altar da ideologia. Qualquer bandeira - seja de Cuba, seja do partido - se sobrepõe a do Rio Grande. Qualquer bandido, quer seja guerrilheiro ou narcotraficante, desde que companheiro, é recebido com abraços e aplausos. Qualquer baderneiro condenado no exterior pode praticar aqui os mesmos delitos porque, se companheiro, é saudado como modelo de virtudes. O governo Olívio transformou o curso do magistério em uma seleção de correligionários e as salas de aula em espaço privilegiado para formação dos militares de amanhã. Estimula invasões de terra, ocupação de prédios públicos, destruição de monumentos, agride a imprensa, pressiona os meios de comunicação, persegue adversários, silencia jornalistas, emprega recursos da publicidade oficial para comprar apoios, afronta o Poder Legislativo, ataca o judiciário, descumpre a lei, rasga contratos, achata salários, suspende direitos funcionais, cultua a mentira, trata adversários como inimigos e amigos como sócios. O PPB/RS proclama sua indignação contra essa teia de abusos, falsidades e incompetência. Junte-se aos que lutam pela democracia e o progresso. Não permita, sobretudo, que a bandeira do Rio Grande seja substituída por outras. Nem tolere que se corrompa nossa História. Manifesto da Executiva estadual e da bancada de deputados estaduais do PPB/RS, lido pelo líder partidário José Farret, na sessão do dia 29/03/01.

03/29/2001


Artigos Relacionados


Paulo Paim cobra ação do governo contra bloqueio argentino aos calçados do Rio Grande do Sul

Suspensa análise de outorga para rádio FM no Rio Grande do Sul até apuração de denúncias

Senadores se dividem na análise do protesto contra o Código Florestal

Cristovam pede que PT analise denúncia contra Agnelo Queiroz

Gilvam Borges pede rapidez na análise da representação contra Renan

USP: Análise da estrutura de proteína contribui para desenvolvimento de vacina contra esquistossomos