Ângela Portela pede apoio a projeto que obriga bancos a ter terminais adaptados a pessoas com deficiência visual



Em discurso em Plenário nesta quinta-feira (31), a senadora Ângela Portela (PT-RR) pediu aos colegas apoio a projeto de sua autoria que institui a obrigatoriedade da instalação de equipamentos de auto-atendimento adaptados a pessoas com deficiência visual em toda a rede bancária no Brasil. O PLS 104/11 foi apresentado no dia 22 de março.

Segundo a senadora, parte da rede bancária já adota os terminais de forma voluntária, mas essa não é a regra. Além de informações em braile, sistema de leitura para cegos, os terminais teriam de trazer recursos de áudio para permitir a utilização de pessoas com esse tipo de deficiência.

- Da forma como ocorre hoje, os cegos e demais pessoas com deficiência visual grave encontram dificuldades quase intransponíveis na utilização de terminais de auto-atendimento bancário, o que caracteriza entrave ao exercício de cidadania - afirmou a senadora.

Ângela Portela disse que, entre as vítimas da exclusão social, poucos sofrem tanto quanto as pessoas com deficiência, que são vítimas do preconceito, da intolerância e da ausência de políticas capazes de promover a integração. Para ela, apesar de avanços nos últimos anos, o envolvimento de muitos parlamentares e agentes públicos não tem sido capaz de prover as condições adequadas para que as pessoas com deficiência vivam com dignidade.

- Tramita na Câmara dos Deputados, por exemplo, um projeto do Executivo que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Apesar de atender aos anseios e necessidades de cerca de 20 milhões de brasileiros, a matéria ainda não tem previsão de ser votada - declarou.

Dilma e o Congresso

Ângela Portela também respondeu ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que discursou sobre a matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual a presidente Dilma Rousseff teria confidenciado ao presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, ser obrigada a negociar com os parlamentares aliados caso a caso, no "varejo", em votações importantes no Congresso. O assunto provocou polêmica, com debate entre o parlamentar tucano e os senadores da base.

- Considero temerário introduzir nesta Casa a sensação de que o voto dos senadores está à disposição para ser negociado a cada votação. A presidente Dilma tem demonstrado respeito com o Congresso Nacional e seriedade na relação com os senadores e com os deputados - defendeu Ângela Portela.



31/03/2011

Agência Senado


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