Arthur Virgílio critica comportamento de Lula como presidente e candidato



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) voltou a criticar em Plenário, nesta terça-feira (10), a postura pública de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República e candidato à reeleição. Inicialmente, o parlamentar saiu em defesa dos advogados, que teriam sido humilhados pelo petista, que comparou a atuação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) no debate da TV Bandeirantes, domingo passado (8), à de um "delegado de porta de cadeia".

Também não faltaram críticas do tucano à ausência de Lula nos debates do primeiro turno - segundo o parlamentar, por medo do confronto com a então candidata Heloísa Helena (PSOL) - e ao anúncio do candidato petista de que, agora, iria se dedicar à preparação para os próximos debates antes do segundo turno, no dia 29 de outubro. Arthur Virgílio o acusou ainda de tentar transformar a região Nordeste em seu curral eleitoral, supostamente usando o programa Bolsa Família para conquistar votos desse eleitorado.

Em aparte, os senadores oposicionistas Heráclito Fortes (PFL-PI), Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e José Jorge (PFL-PE), candidato a vice-presidente na coligação que apoia Geraldo Alckmin, reforçaram a censura à recente atuação de Lula. Heráclito afirmou que "não é novidade Lula se sair mal em debates". Já Antero acredita que o petista se esquivou, no debate, do questionamento de Alckmin sobre a edição de uma medida provisória com prejuízos para a Zona Franca de Manaus. Para José Jorge, o debate mostrou o presidente Lula despreparado para a função que exerce.

Amazônia

Arthur Virgílio também saudou, no pronunciamento, o desmentido oficial do secretário de Meio Ambiente do Reino Unido, David Miliband, quanto a uma suposta intenção do governo britânico em apoiar ou promover a compra da floresta amazônica. Segundo nota de Miliband, encaminhada ao senador pelo chefe da Assessoria de Assuntos Parlamentares do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Marco Antonio Diniz Brandão, o interesse do Reino Unido é participar da discussão sobre desmatamento e manejo florestal sustentável nos países em desenvolvimento.

- Não obstante, continuo vigilante, esperando que de fato tudo se encaminhe apenas no terreno da cooperação externa. Só isso. Nem um milímetro a mais - advertiu.

10/10/2006

Agência Senado


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