Arthur Virgílio: governo não dispõe de votos para vencer disputa pela CPMF



O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta segunda-feira (10) que o governo não dispõe de votos nem de meios para vencer a resistência da oposição à proposta que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. A votação da matéria em primeiro turno está prevista para esta terça-feira (11), em Plenário.

Arthur Virgílio também considerou que uma eventual ausência da líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), não deverá comprometer um placar de votação favorável ao governo, tendo em vista que o suplente da parlamentar poderá ser convocado para a votação. Roseana fraturou o pulso neste final de semana e teve de se submeter a tratamento médico.

- Me parece que o governo não tem votos. E não tem como obter, a menos que figuras morais, corretas, decentes, capazes de honrar a palavra que empenham, caiam em alguma tentação, em algum canto de sereia - disse Arthur Virgílio.

Em seu discurso, Arthur Virgílio garantiu que os senadores Jonas Pinheiro (DEM-MT), Expedito Júnior (PR-RO), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Mão Santa (PMDB-PI) e Pedro Simon (PMDB-RS) vão votar contra a CPMF. Segundo ele, o tributo é desnecessário e sua extinção poderia ser compensada pelo excesso na arrecadação de impostos.

- Lula, que poderia reduzir a carga tributária e cortar gastos públicos, nos pede duas coisas que não podem ser concedidas juntas: carga tributária máxima e direito de gastar desbragadamente, de aumentar o gasto corrente acima da inflação - disse.

Ao final do discurso, Arthur Virgílio voltou a reiterar a disposição do PSDB de votar contra a proposta que prorroga a cobrança da CPMF.

- A bancada vai votar inteira. Sei que tipo de gente briosa eu lidero, gente decente, corajosa. Não saberia ser líder de partido de qualquer pessoa que vacilasse. Não tememos ameaças. Temos convicções, coerência e linha histórica a prosseguir - concluiu.



10/12/2007

Agência Senado


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