Arthur Virgílio vai pedir que Coaf investigue dinheiro usado por Okamotto para pagar dívida de Lula



O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), comunicou em Plenário, nesta sexta-feira (24), que protocolou junto à Mesa requerimento para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) investigue a origem do dinheiro utilizado pelo presidente do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, para pagar dívida de empréstimo do PT ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com senador, um total de R$ 29.436,26 foi destinado ao pagamento - mais do que os R$ 25 mil recebidos pelo caseiro Francenildo dos Santos Costa, sob a alegação de terem sido depositados por seu pai biológico. Arthur Virgílio salientou que, se o Coaf "se abriu" para fazer a investigação sobre o dinheiro transferido à conta do caseiro, não vai "se fechar" para fazer a outra análise. Nessa hipótese, segundo ele, "nós não vamos deixar".

TV digital

O senador informou sobre o requerimento durante discurso em que cobrou do governo rapidez na definição sobre o padrão que será adotado para a televisão digital no país. Para o senador, a melhor entre as alternativas em exame é o padrão japonês, por garantir o acesso gratuito a todos os recursos da nova tecnologia de transmissão, o que não aconteceria no caso dos sistemas europeu e americano.

- Se ainda houvesse dúvida sobre o assunto, elas foram afastadas pelo comunicado publicado por dez redes de televisão nos jornais - reforçou.

Arthur Virgílio argumentou que não há mais motivo para que a decisão seja protelada. Com o atraso, conforme o senador, a população fica impedida de contar com os benefícios que a nova tecnologia oferece para a televisão, sua principal fonte de lazer. Entre os ganhos, ele citou a melhor qualidade das imagens transmitidas e a interatividade entre telespectador e emissoras.

O senador contestou argumentos de que a adoção do padrão japonês, utilizado basicamente naquele país, poderia "isolar" o Brasil. Segundo ele, o problema refere-se apenas a equipamentos, mas não representa obstáculo para que programas produzidos em países que adotam outros padrões sejam transmitidos no Brasil. Ele observou que o sistema japonês é também o que melhor atende aos interesses da vasta Região Amazônica, que conta com 202 repetidoras de sinal de TV.



24/03/2006

Agência Senado


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