Bolsa Família gera 807 mil empregos por ano



As transferências do Programa Bolsa Família foram responsáveis pela criação e manutenção anual de 807 mil empregos e ocupações na Região Nordeste. Estes e outros números foram abordados durante o debate “Bolsa Família, Desenvolvimento Regional e Superação da Pobreza”, que integra ciclo de debates em homenagem aos 10 anos do programa do Governo Federal.

Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o evento aconteceu nesta quarta-feira, 20 de novembro, no Centro Administrativo do Banco do Nordeste, em Fortaleza.

Os debates contaram com a participação de representantes do MDS, academia, institutos de pesquisa, mídia e representantes dos governos locais. Compuseram a mesa de abertura Paula Montagner (MDS), Letícia Bartholo (MDS), Stélio Gama (BNB), Rafael Ozório (Ipea), Josbertini Virgínio (Governo do Ceará), e Claudio de Lima (Prefeitura de Fortaleza).

“É patente a importância do Bolsa Família pelos seus relevantes resultados na área social, considerando que o público-alvo do programa estava marginalizado em suas necessidades básicas, principalmente quanto à questão de acesso a alimentação e produtos de primeira necessidade”, disse o coordenador de Estudos e Pesquisas, Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), Francisco Diniz Bezerra.

Francisco foi um dos palestrantes da mesa “Bolsa Família, desenvolvimento e redução da desigualdade regional”. Ele vai analisar os impactos do Bolsa Família no desenvolvimento do Nordeste.

Segundo Diniz, os investimentos do Bolsa Família no Nordeste também geram impactos na produção, na geração de emprego e renda e aumento da arrecadação tributária nas outras regiões do país. “Os beneficiários tendem a consumir bens produzidos nacionalmente, ajudando a fortalecer o setor produtivo do país, estimulando o mercado interno e criando um mercado consumidor de massas”, explica.

Microcrédito

Segundo o diretor de Desenvolvimento Sustentável e Microfinança do BNB, Stélio Gama, beneficiários do Bolsa Família representam 45% e 65% do total de clientes dos programas de microcrédito urbano e rural do Banco do Nordeste, respectivamente Crediamigo e Agroamigo. 

Somando os dois programas, o número de microempreendedores que também são beneficiários do Bolsa Família ultrapassa 1,1 milhão de pessoas, sendo 700 mil clientes do Crediamigo e 473 mil do Agroamigo.

Stélio Gama também lembra que o Crediamigo também foi o modelo para a implantação do Crescer Brasil, o programa de microcrédito do Governo Federal. Somente em 2012, por exemplo, o Banco do Nordeste realizou 80% da quantidade de operações do Crescer e 69% dos valores contratados.

Para o superintendente de Agricultura Familiar do Banco do Nordeste, Luiz Sérgio Farias Machado, o alinhamento do Crediamigo e do Agroamigo com as estratégias de políticas públicas do Governo Federal representa importante relevância social e econômica, uma vez que colabora com a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Segundo ele, o acesso ao crédito é um dos fatores no combate à pobreza rural. Neste sentido, o Agroamigo tem incorporado clientes mais pobres, e ajudado a aumentar a produção tanto agrícola como pecuária.

A programação do evento também contou com apresentações de representantes da Universidade de São Paulo (USP), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea/CE) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Fonte:
Banco do Nordeste 



21/11/2013 10:44


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