Câmara abre processo de cassação contra 67 deputados



A Câmara, por meio de seu Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, instaurou nesta terça-feira (22) processos de cassação contra 67 deputados federais acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Outros dois deputados - Coriolano Sales (PFL-BA) e Marcelino Fraga (PMDB-ES) - não serão julgados, pois renunciaram aos seus mandatos justamente para escapar do processo. Todos esses parlamentares, além de três senadores - Magno Malta (PL-ES), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT) -, foram denunciados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas.

De acordo com a Agência Câmara, os relatores dos processos no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar daquela Casa serão definidos no dia 4 de setembro. Os acusados deverão ser notificados nos próximos dias e, a partir do momento da notificação, terão prazo de cinco sessões do Plenário da Câmara para apresentar defesa prévia por escrito.

O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), defendeu a continuidade dos processos de cassação após as eleições, ao se referir àqueles deputados que venham a se reeleger sem que seus processos tenham sido concluídos neste ano. Já o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), disse acreditar que "um grande número de processos" será julgado até dezembro.

No Senado, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, João Alberto Souza (PMDB-MA), definiu os relatores do três processos em questão: Demóstenes Torres (PFL-GO), Jefferson Péres (PDT-AM) e Sibá Machado (PT-AC) serão os responsáveis, respectivamente, pelos processos disciplinares contra Serys Slhessarenko, Ney Suassuna e Magno Malta.

22/08/2006

Agência Senado


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