Casildo Maldaner cobra atuação mais agressiva do Brasil no mercado externo



O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) cobrou nesta terça-feira (4) uma política de comércio exterior mais agressiva por parte do governo brasileiro. Em pronunciamento em Plenário, o parlamentar defendeu a ampliação das relações comerciais do Brasil com outros países e uma posição mais atuante na América Latina.

Casildo afirmou que, com a criação da Aliança do Pacífico (que reúne Chile, Colômbia, México e Peru), este é o momento de fazer uma análise mais ampla da integração da América Latina e do papel do Brasil neste cenário. Em sua opinião, mesmo criado há mais de 20 anos, o Mercosul ainda “patina” em seus objetivos como a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção entre os países do bloco. Mesmo a circulação de cidadãos, ressaltou, enfrenta dificuldades burocráticas que já poderiam ter sido superadas, a exemplo do que ocorre com a Comunidade Europeia.

Para demonstrar o acanhamento da política de comércio exterior do Brasil, o senador relatou que a Aliança do Pacífico, que completa um ano esta semana, contabilizou em 2012 um montante de US$ 556 bilhões em exportações, enquanto o Mercosul negociou apenas US$ 335 bilhões. O Brasil sozinho, destacou, em todo o ano de 2012, teve um superávit da balança comercial de pouco mais de US$ 19 bilhões, o menor saldo positivo em dez anos. Uma queda de 34% em relação ao ano passado, quando totalizou quase US$ 30 bilhões.

De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria, publicados no jornal O Estado de S. Paulo e citados por Casildo, desde o início da crise internacional, em 2008, até 2011, o Brasil perdeu, em espaço de vendas, mais de US$ 5 bilhões para Argentina, México, Peru, Colômbia, Chile, Equador, Venezuela, Paraguai e Bolívia. As compras foram direcionadas para China, Estados Unidos, União Europeia e México.

Casildo criticou ainda o baixo número de acordos comerciais firmados pelo país – 22, contra 62 do Chile, 60 da Colômbia, 52 do Peru e 50 do México. Com o agravante de que, acrescentou, a maioria dos acordos brasileiros são com países de pouca expressão comercial, como Israel, Egito, Palestina e a União Aduaneira do Sul da África.

- É imperativo que o país expanda, de forma vigorosa, sua política de relações exteriores, buscando consolidar e ampliar as parcerias no comércio internacional. Corremos o sério risco de perder espaço em nossos mercados exportadores, conquistado a duras penas. A estagnação e o acanhamento que atravessamos atualmente não condizem com o imenso potencial brasileiro no cenário econômico internacional - ponderou.

Parlatino

Casildo Maldaner comunicou ainda sua participação na quinta-feira (6), de mais uma reunião do Parlamento Latino Americano (Parlatino). O senador, junto aos colegas Cyro Miranda (PSDB-GO), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Cícero Lucena (PSDB-PB), integrará a representação do Senado Federal no evento, que vai discutir, em Cuba, segurança cidadã, combate e prevenção ao narcotráfico e ao crime organizado.

O senador informou que os parlamentares brasileiros vão, entre outras coisas, apresentar a proposta brasileira de organização de defesa civil, bem como colher sugestões e impressões dos outros países membros.

Criado em 1964, o Parlatino é uma organização regional, integrada pelos Parlamentos Nacionais da América Latina, com objetivo de buscar a integração regional. Fazem parte do grupo, além do Brasil, as Antilhas Holandesas, Argentina, Aruba, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Haiti, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Venezuela.



04/06/2013

Agência Senado


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