Colheita de café no Instituto Biológico marca início da safra 2008



Evento acontece na segunda-feira, 16, na sede do instituto, na capital

A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, a Câmara Setorial de Café, o Sindicato da Indústria de Café de São Paulo (Sindicafé-SP) e a Associação Brasileira da Alta Gastronomia (Abaga) realizam na segunda-feira, 16, o evento Sabor da Colheita de Café de 2008, no cafezal do Instituto Biológico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (IB/Apta/SAA), na capital paulista.

A ocasião marca, simbolicamente, o início da colheita do produto no Estado. Em pleno coração da cidade, a plantação fica na Vila Mariana, a cerca de cinco minutos da Avenida Paulista, o que a transforma no maior cafezal localizado em área urbana do Estado, com mais de 1,3 mil pés, numa área de 10 mil metros quadrados.

Os participantes serão convidados a colher os frutos, vivenciando uma experiência única do trabalho que movimentou a economia paulista ao longo de décadas. O produto dessa colheita, que deverá render oito sacas (cerca de 500 quilos), será transformado numa edição especial, posteriormente doada para o Fundo Social de Solidariedade do Estado, presidido pela primeira-dama Mônica Serra, que estará presente.

O secretário-adjunto de Agricultura, Antonio Julio Junqueira de Queiroz, o diretor do IB, Antônio Batista Filho, o presidente da Câmara Setorial do Café, Nathan Herszkowicz, e o responsável pela Coordenadoria do Desenvolvimento dos Agronegócios da Pasta (Codeagro), José Cassiano Gomes dos Reis Junior, também confirmaram presença. Representantes de todo o agronegócio, entre produtores, cooperativas, associações, sindicatos, industriais, supermercadistas, baristas e donos de casas de café, deverão participar.

Durante o evento serão apresentadas as ações programadas pela Secretaria e pela Câmara Setorial para todo o período da colheita, que prossegue até agosto. Além de palestras técnicas sobre manejo, armazenamento e secagem do grão, os cafeicultores recebem, durante esses meses, assistência e orientação dos técnicos da Secretaria, de cooperativas e sindicatos, para que produzam cada vez mais um café de melhor qualidade.

Espaço educativo

O arquiteto Paulo Bastos, ex-presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat), apresentará o pré-projeto do Espaço Educativo do Café no IB. Essa área vai mostrar todo o ciclo de produção do café, desde a plantação até a industrialização e consumo, por meio de uma mini-indústria que deverá ser montada no local (onde as pessoas poderão comprar o café torrado e moído na hora) e de uma completa cafeteria.

Almoço italiano

Após a colheita, os convidados participam de um almoço italiano em área anexa ao cafezal. "Quero evidenciar a importância dos primeiros imigrantes italianos que vieram para o Brasil trabalhar nas fazendas de café após o fim da escravidão", diz o chef Sauro Scarabotta, responsável pelo cardápio e diretor da Abaga.

"Não podemos esquecer que na Itália não existe um único pé de café, mas o italiano adora essa bebida, tanto que, graças à sua genialidade, criou o espresso e o cappuccino, duas iguarias apreciadas no mundo inteiro", diz o chef, acrescentando que o café estará presente nos vários pratos do cardápio, incluindo os salgados e a sobremesa.

Safra 2008

Reunindo as indústrias líderes do setor de torrefação, o Estado responde por 43% da produção nacional de café torrado e moído. Segundo maior produtor de café arábica e em terceira posição no ranking nacional de conillon, São Paulo deverá colher na safra 2008, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 4,7 milhões de sacas, quase o dobro da produção de 2007. A produtividade no Estado deverá ser a maior do País: 30,51 sacas por hectare (contra 15,60 sacas em 2007).

História

A história do cafezal teve início na década de 20, quando uma praga conhecida por broca-do-café começou a atingir as plantações paulistas, provocando a destruição dos grãos e a queda da produção nas fazendas, conforme explica o diretor do IB, Antonio Batista Filho.

A praga acabou sendo responsável pela criação do IB, que surgiu com a missão de desenvolver e transferir conhecimento científico e tecnológico para o negócio agrícola nas áreas de sanidade animal e vegetal e suas relações com o meio ambiente, objetivando a melhoria da qualidade de vida da população.

O primeiro plantio foi na década de 40 e servia como objeto de estudo e material de pesquisa.Na década de 80, todo o café foi retirado, com replantio em 1982 e em 1986. A variedade plantada é a Novo Mundo, uma das muitas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC/Apta), órgão da Secretaria.

Os primeiros grãos de café com broca examinados pelos cientistas para estudar e controlar a praga estão expostos no museu do instituto. No local, há ainda o café afetado pela praga, em seus vários estágios -- desde o grão verde até o pó, depois de torrado e moído. (Fontes: Assessoria de Comunicação Social da Apta e Sindicafé)

SERVIÇO:

Sabor da Colheita de Café de 2008

Data: 16 de junho, a partir das 10 horas

Local: Cafezal do Instituto Biológico - R. Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252, Vila Mariana - São Paulo/Capital

 

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

(I.P.)

 



06/15/2008


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