Comissão da Verdade representa compromisso do Brasil com sua história, diz Gilson Dipp



Presidente da comissão de juristas que elabora o anteprojeto do novo Código Penal, Gilson Dipp foi indicado pela presidente Dilma Rousseff como um dos sete integrantes da Comissão da Verdade. O grupo vai apurar violações de direitos humanos ocorridas no país entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar iniciada com o golpe de 1964. Dipp afirmou nesta sexta-feira (11) que a comissão não será caracterizada pelo “revanchismo” e representa “um compromisso do Brasil com a sua história, com o seu passado”.

Além disso, Dipp, que é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), argumentou que atividades como as que serão exercidas pela Comissão da Verdade são necessárias para a consolidação da democracia. Ele também lembrou que essa comissão não irá julgar ninguém.

– É uma comissão de Estado, e não de governo – declarou ele, acrescentando que não haverá objetivos “persecutórios”.

A comissão será instalada na semana que vem e terá dois anos para concluir suas investigações. Além de Gilson Dipp, os outros seis integrantes indicados por Dilma Rousseff nesta quinta-feira (10) são Cláudio Fonteles, ex-procurador geral da República; José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça; o advogado José Paulo Cavalcanti Filho; a psicanalista Maria Rita Kehl; o diplomata Paulo Sérgio Pinheiro; e a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha.



11/05/2012

Agência Senado


Artigos Relacionados


Gilson Dipp destaca autonomia nos trabalhos da comissão de juristas

Juristas homenageiam Dipp por indicação para Comissão da Verdade

CCJ APRECIA INDICAÇÃO DE GILSON DIPP PARA O STJ

Indicação de Gilson Dipp para compor CNJ é aprovada pela CCJ

Anteprojeto do novo Código Penal 'quebrou tabus', diz Gilson Dipp

Tráfico de pessoas vai entrar no novo Código Penal, diz Gilson Dipp