Cultura: Secretaria anuncia programa para salas de cinema no interior e periferia de grandes cidades



Apresentação do projeto Popcine - Circuito Popular de Cinema - será amanhã, dia 13, no Memorial

A Secretaria de  Estado  da  Cultura  de  São Paulo anuncia nesta quinta-feira,  dia 13, durante o Primeiro Festival de Cinema Latino-americano,  o  projeto  Popcine  -  Circuito  Popular de Cinema. A apresentação será às 10h30 no Memorial da América Latina, Sala dos Espelhos, durante a mesa de debates: Distribuição e Exibição Alternativas, em que estarão presentes representantes das várias áreas do cinema latino-americano, inclusive distribuidores independentes. A idéia é impulsionar a aberturas de salas de cinema inicialmente em cidades de médio e pequeno portes e na periferia das grandes cidades. Os locais ainda não foram escolhidos.

A iniciativa terá como parceiro o Centro de Promoção do Cinema (CPCine), que  criou  o projeto. De acordo com o secretário de Estado da Cultura, João  Batista de Andrade, o PopCine é uma proposta que ele quer fazer para toda a América Latina. "Cinema é gente, não é só apenas sala", disse  ele,  para ressaltar que se pode fazer espaços com custos de R$ 60 mil, ao  invés  de  aplicar  R$  500  mil  ou  R$  1 milhão em circuitos tradicionais.

A entrada de cada sessão será metade do ingresso médio praticado no Brasil. Ou seja, no máximo R$ 4. Fernando Kaxassa, presidente do CPCine, explica que o projeto também prevê a capacitação das equipes que irão trabalhar  nessas  novas salas de cinema, por meio de oficinas, cursos de programação, gerenciamento entre outros.

Até agosto, serão selecionados os vinte primeiros municípios do Estado que vão participar do  projeto. Para isso, será preciso que as comunidades e as prefeituras formem parcerias e viabilizem o local a ser instalado o novo cinema. Na contrapartida, a Secretaria fornecerá os equipamentos - projeção e som.

Dentro desse novo conceito de cinema, o destaque fica para a exibição  em  DVD,  de  modo  a  aproveitar  o  baixo custo da tecnologia digital.  "Estaremos  montando estruturas econômicas e de qualidade, além do  mais com essas salas digitais o cinema poderá voltar a existir também nos bairros populares e nas mais diversas comunidades. O público definirá o  número de sessões a ser exibidas, de acordo com sua freqüência",  diz Kaxassa.


07/12/2006


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