Deputados debatem crise energética e alternativas para o Estado



A mudança de horário de funcionamento da Assembléia, debatida pela Mesa Diretora e as lideranças da Casa, pela manhã, motivou o principal tema debatido na sessão plenária desta tarde. O líder da bancada do PMDB, deputado Paulo Odone, disse concordar com a iniciativa da Assembléia em contribuir com a economia de energia, mesmo que o Rio Grande do Sul não precise poupá-la para atender as suas necessidades. Destacou que isso só foi possível, “porque o governo anterior teve a coragem para criar um nova infra-estrutura e aceitou investimento privado no setor, propiciando ao Estado ser auto-suficiente e exportador de energia”. Lembrou que no início do governo Britto, o Estado produzia apenas um terço da energia que consumia e graças aos investimentos feitos, hoje o Rio Grande do Sul “orgulha-se de fornecer energia para suprir as deficiências de outros estados.” O deputado Onyx Lorenzoni, líder do PFL, também destacou a importância da iniciativa do governo anterior de “mudar a matriz energética do Estado”, e apelou para a união de esforços de todos os segmentos políticos do Rio Grande, numa “mobilização para obter junto ao ministro José Jorge de Vasconcelos Lima, de Minas e Energia, a possibilidade de o Rio Grande do Sul aproveitar também o carvão, cujas reservas previstas são para mais de 200 anos”. Chamou atenção para reunião da Comissão de Economia, amanhã, no local onde se localiza da Usina Juacuí I, argumentando que só o funcionamento dela viabilizará milhares de empregos e oportunidades à Região Carbonífera. O líder do governo, deputado Ivar Pavan (PT), considerou inaceitável o governo Federal ter privatizado o setor elétrico sem exigir o compromisso das empresas de garantir o abastecimento de energia aos consumidores. Disse que agora, “em vez de multar as multinacionais que se entupiram de dinheiro com a privatização, quer multar o cidadão consumidor”. Criticou, também, o governo Britto, “que não realizou nenhum investimento nessa área, ressaltando que Dona Francisca só foi concluída porque o atual governo, através da CEEE, investiu 10% do valor da obra”. A deputada Jussara Cony, líder do PC do B, afirmou que a atual crise energética agrava ainda mais a crise econômica, “que tem uma dimensão social trágica”, porque haverá redução da nossa produção industrial, atividades comerciais e agrícolas e mais demissões que aumentarão os índices de desemprego. Lembrou que a crise energética é, na verdade “uma crise do modelo, de opção financista, que desmonta o setor público da economia e não discute produção ou geração de emprego, mas apenas o déficit e superávit na balança comercial”.

05/22/2001


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