Desemprego cai a 10,1% em outubro e deve manter queda, afirmam Dieese e Seade



A taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas (São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte e Distrito Federal) caiu de 10,6% da população economicamente ativa (PEA), em setembro, para 10,1%, em outubro. É o menor índice desde janeiro de 2009, quando a apuração passou a ser feita também na região metropolitana de Fortaleza.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O nível de ocupação nas sete regiões ficou praticamente estável em 0,3%, com a geração de 66 mil vagas, mas, no conjunto, diminuiu o número de pessoas em busca de emprego.

Houve uma redução na PEA de 56 mil pessoas. Com isso, o total de desempregados nas sete regiões teve uma redução de 122 mil, totalizando 2,240 milhões ante 2,362 milhões verificados na pesquisa anterior.

Nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego atingiu 9,9% da PEA em outubro. É a menor variação desde janeiro de 1991. Esta é a segunda redução seguida da taxa, que ficou em 10,6% em setembro e em 11,2% em agosto.

 

Desemprego deve continuar caindo, prevê Dieese

Apesar dos sinais de desaquecimento da economia, o desemprego no País deverá fechar o ano em queda. É o que acredita o economista Sérgio Mendonça, técnico do Dieese e responsável pela PED, feita em conjunto com a Fundação Seade.

Com base no desempenho do mercado em outubro, ele prevê para os meses de novembro e dezembro taxas em declínio. Entre setembro e outubro, a taxa caiu de 10,6% para 10,1%, a menor variação desde janeiro de 2009. Nas sete regiões metropolitanas pesquisadas - Salvador, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte e Distrito Federal - o número de desempregados somou 2,24 milhões.

Mendonça observou que, mesmo diante do crescimento mais moderado da economia, há melhora na situação do nível de emprego, em especial, em relação às contratações com carteira assinada. Em São Paulo, por exemplo, apenas 15% dos trabalhadores são informais.

A região metropolitana de Recife foi a que apresentou a maior taxa de aumento do rendimento médio dos ocupados (2,3%) na variação mensal. Mas foi a região na qual as oportunidades de emprego mais cresceram, principalmente na construção civil, com elevação de 2,7% no nível de ocupação. No entanto, a Grande Recife ocupa ainda a segunda colocação no ranking de desempregados em relação à população economicamente ativa (PEA), com a taxa 13,5%, em outubro, ante 13,9%, em setembro.

A única exceção foi Salvador, onde a taxa ficou praticamente estável, passando de 15,8% para 15,9%. Na região metropolitana de São Paulo, a taxa recuou para um dígito, com 9,9% ante 10,6%, o menor nível dos últimos 20 anos, empatado com janeiro de 1991.

 

Fonte:
Agência Brasil



30/11/2011 18:08


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