Eduardo Braga aponta destinação inadequada dos resíduos sólidos no Brasil




O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) anunciou em Plenário, nesta quarta-feira (18), o lançamento da edição de 2011 do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. O levantamento, feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos (Abrelpe), pesquisou 350 municípios, cobrindo 49,6% da população urbana do país, ou 79,8 milhões de pessoas.

De acordo com Eduardo Braga, a pesquisa revela alguns dados preocupantes como, por exemplo, o fato de que 23 milhões de toneladas de lixo urbano no Brasil tiveram destinação inadequada em 2011; ou que das 228 mil toneladas de resíduos hospitalares gerados no país no mesmo período, só 31,8% se destinaram à incineração, como estabelece a lei.

- Embora a incineração não seja, em muitos casos, a solução definitiva para prevenir o perigo do lixo hospitalar, pelo menos parece ser a menos danosa - explicou.

Eduardo Braga destacou ainda os problemas da alta produção de garrafas PET no Brasil e o da geração de resíduos de construção civil. No caso dos entulhos, ele observou que mesmo estando a deposição adequada destes materiais a cargo de construtoras ou pessoas responsáveis por obras, em 2010, os municípios tiveram que recolher 31 milhões de toneladas de resíduos de construção civil, para desobstruir logradouros e evitar alagamentos.

Sobre o lixo nuclear, ele alertou para a importância da sua deposição em locais adequados.



18/05/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


Coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos receberão investimentos de R$ 8,3 mi

Subcomissões debatem marcos regulatórios e destinação de resíduos sólidos

Mais de 50% dos resíduos sólidos produzidos no País têm destinação correta, mas 4 mil municípios ainda usam lixões

Paulo Davim alerta gestores públicos para necessidade de plano de destinação de resíduos sólidos

Ivo Cassol aponta descaso de governantes com o tratamento de resíduos sólidos

Criação de política nacional de resíduos sólidos é fundamental, aponta Lúcia Vânia