Eficiência de aeroportos pode melhorar 30% apenas ajustes de infraestrutura, diz Aviação Civil



De acordo com o ministro da Secretaria Especial de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, o Brasil tem condições de melhorar a eficiência de seus aeroportos em 30% apenas com a otimização da infraestrutura existente. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (29) durante o balanço da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

No evento, Bittencourt apresentou uma lista de melhorias operacionais da aviação civil que pretendem melhorar o aproveitamento da infraestrutura atual. Entre elas, citou a reestruturação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e do Centro de Gerenciamento Aeroportuário (CGA), responsável pelo fluxo de informações entre envolvidos no processamento de passageiros e bens.

Bittencourt enumerou algumas das ações que estão sendo implantadas para isso. De acordo com o ministro, as áreas de raio x foram ampliadas nos aeroportos de Guarulhos (SP) e de Brasília (DF), bem como o número de vagas nos estacionamentos do Galeão (RJ). Em Congonhas (SP), já foi aberto o acesso na parte inferior do aeroporto, que já ajudou a melhorar a capacidade de embarque de passageiros.

“Além disso, até o fim do ano, o check in passará a ser compartilhado pelas companhias aéreas e haverá disponibilidade de internet pelo período de 15 minutos para quem vai embarcar”, acrescentou o ministro. Ele acrescentou que, em Guarulhos, as áreas de migração e de embarque serão ampliadas, e o espaço dedicado à Receita Federal "será duplicado".

O ministro disse ainda que um acordo de serviços entre empresas aéreas e a Infraero vai regular a relação com as companhias aéreas e permitir fiscalização e trabalho de gestão mais eficazes sobre o desempenho das companhias.

Dentro da reestruturação da Infraero, o Wagner Bittencourt reiterou alguns pontos sobre o novo modelo de governança da estatal. “Um novo conselho de administração será criado e terá a função de estipular metas e acompanhar resultados, além de coordenar a reestruturação da empresa. Criaremos também a diretoria de empreendimento para dar apoio especializado à gestão de obras de engenharia.”

Sobre as concessões de aeroportos já previstas, o ministro lembrou que 49% do capital da concessionária será da estatal, que terá participação nos dividendos e na administração das unidades. “As empresas serão obrigadas a atender com capacidade e qualidade e não haverá aumento de tarifas aeroportuárias”, garantiu. O cronograma dessas concessões “está exatamente em dia”.

Segundo o minsitro, as operadoras terão de fazer todos os investimentos necessários para ampliar a capacidade do aeroporto, a fim de atender às demandas internas e, também, às que surgirão com os eventos esportivos previstos, cumprindo os indicadores de qualidade e conforto previstos no contrato de concessão, que seguem padrões internacionais. “Essas concessões não vão prejudicar funcionários nem seus direitos”, completou.


Fonte:
Agência Brasil



29/07/2011 17:40


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