Em balanço do ano, Pedro Simon destaca julgamento do mensalão e falta de indiciamentos na CPI do Cachoeira



Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (20), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez uma avaliação do ano de 2012, destacando a “atuação inédita e excepcional” do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. Ele lembrou que a maior parte dos atuais ministros do STF foi indicada pelos presidentes Lula e Dilma e disse que a condenação de muitos réus ligados ao PT mostra a imparcialidade dos integrantes da Corte.

- Não tenho dúvida de que vamos viver outro estilo de Judiciário após o julgamento do mensalão. A impunidade foi ferida de morte no Brasil – afirmou.

Simon lamentou a conclusão dos trabalhos da CPI do Cachoeira sem indiciamento de nenhum dos investigados. O senador lembrou que chegou a pedir à Comissão de Ética para investigar os integrantes da CPI, pois “todos comentam os arranjos macabros que foram feitos”. Para Simon, a comissão “escondeu tudo debaixo do tapete”.

- Nem o seu Cachoeira foi indiciado. Eu não me lembro de nada parecido com isso no Congresso Nacional – lamentou.

Simon ainda avaliou como “uma ideia infeliz” a do ministro Luiz Fux, do STF, que concedeu uma medida cautelar determinando a apreciação dos vetos por ordem cronológica – o que, na prática, inviabilizou a apreciação dos vetos à nova lei dos royalties do petróleo. O senador disse que, nos mais de 30 anos que está no Congresso, sempre houve o pedido de prioridade na apreciação de vetos. Ele disse ter esperança de que, em marco de 2013, seja encontrada uma solução para o caso.

O parlamentar gaúcho manifestou confiança num ano diferente em 2013, com o STF declarando o fim da impunidade, a presidente Dilma Roussef sendo mais firme e o Congresso tendo uma nova realidade. Simon sugeriu o nome do senador Pedro Taques (PDT-MT) para a presidência do Senado e pediu urgência na aprovação da Ficha Limpa para os cargos do Executivo.



20/12/2012

Agência Senado


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