Em junho, IBGE prevê safra de grãos 8,0% maior que safra recorde de 2010



A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica produção da ordem de 161,5 milhões de toneladas, superior em 8,0% à safra recorde obtida em 2010 (149,6 milhões de toneladas). É o que indica a sexta estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A área a ser colhida em 2011, de 49,0 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 5,3%, frente à área colhida em 2010. As três principais culturas (o arroz, o milho e a soja), que somadas representam 90,5% do volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, respondem por 82,4% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de 1,5%, 5,3% e 3,4%, respectivamente. Quanto à produção os acréscimos são, nessa ordem, de 18,1%, 3,2% e 9,3%.

Entre as grandes regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas é liderado pela região Sul, 68,1 milhões de toneladas, seguida por Centro-Oeste, 55,8 milhões de toneladas; Sudeste, 17,1 milhões de toneladas; Nordeste, 16,2 milhões de toneladas e Norte, 4,3 milhões de toneladas.

Comparativamente ao ano anterior, houve crescimento em todas as regiões: Norte ( 8,0%), Nordeste (37,1%), Sudeste (0,3%), Centro-Oeste (6,3%) e Sul (6,0%). 

O Paraná, nessa avaliação para 2011, mantém a liderança na produção nacional de grãos, com participação de 20,5%, seguido pelo Mato Grosso com 19,3% e Rio Grande do Sul com 17,7%.

Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, dezessete apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (76,7%), amendoim em casca 1ª safra (25,5%), arroz em casca (18,1%) e batata-inglesa 1ª safra (13,4%) tiveram maior destaque.

Itens da safra

Na estimativa de junho em relação a maio apontada pelo IBGE, o algodão herbáceo (em caroço) deve alcançar uma produção da ordem de 5,2 milhões de toneladas, 1,3% maior que a apontada em maio. Nesse caso, o estado do Mato Grosso  e o estado da Bahia somam 80,7% da produção nacional. 

Já a estimativa da produção nacional do café (em grão) apresenta decréscimo de 0,7% em relação a maio. O rendimento médio também mostra redução de 0,7%. Minas Gerais, o maior produtor brasileiro de café, apresenta decréscimo de 0,2% na produção esperada, quando comparada com a informação anterior, que totaliza 1.332.028 toneladas (22,2 milhões de sacas de 60 kg), considerando as duas espécies em conjunto (arábica e canephora), o que representa 50,6% do total esperado para o País. A área a ser colhida está reavaliada em 1.024.033 hectares. 

O Espírito Santo, segundo maior produtor de café, repete as informações do mês de maio. O estado apresenta predominância da espécie canephora (conilon e clones). 

A produção nacional feijão (em grão), considerando as três safras, também aponta recuo, neste caso, de 0,2% em relação à do mês anterior, alcançando 3.807.527 toneladas. 

A produção nacional do milho (em grão), para ambas as safras, totaliza 57,8 milhões de toneladas, variação negativa de 0,7% frente a maio.

No caso da soja (em grão), a produção recorde esperada de 74,9 milhões de toneladas cresce 0,8% quando confrontada com a informação de maio. Destacam-se os incrementos na produção verificados nas regiões Norte e Sudeste, com variações de 7,4% e 6,1%, respectivamente. Vale destacar que no Centro-Oeste, responsável por 45,2% da produção nacional, houve aumento de 0,6% na produção devido a ajustes de revisão efetuadas no Mato Grosso do Sul (1,8%) e Goiás (1,3%), onde a cultura já se encontra colhida.

O IBGE também estimou a produção dos cereais de inverno (em grão). Para as lavouras de inverno, cujos cultivos concentram-se, predominantemente, nos estados do sul do País, verificam-se diminuições nos dados de produção da aveia (2,4%), trigo (1,0%) e triticale (2,0%). 

Para o trigo, a mais importante dessas culturas, a produção esperada de 5,3 milhões de toneladas é 1,0% inferior a informação do mês passado. Essa retração é reflexo, principalmente, do Paraná, com participação de 52,6% na produção nacional, que mesmo tendo acrescido 0,3% da área plantada, teve sua produção reduzida em 1,5%, em face da revisão negativa no rendimento médio (-1,8%) devido à estiagem verificada em maio. 

Não foram registradas no levantamento as possíveis perdas com as geadas dos dias 27 e 28 de junho, que podem ter afetado as lavouras.


Fonte:
IBGE



06/07/2011 11:32


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