Governo Lula alcançou a gestão econômica ideal, diz Marta Suplicy



Em pronunciamento nesta quarta-feira (2), a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse que o governo Lula (2003-2010) será lembrado como aquele que alcançou a gestão econômica ideal, conjugando o crescimento econômico com geração de emprego e renda, controle inflacionário, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.

No governo Lula, disse Marta Suplicy, o Brasil registrou uma taxa média anual de crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,83%, "muito superior" a 1,75% registrados entre 1995 e 2002. A inflação, afirmou, mostrou-se "ainda mais sob controle" na política econômica do governo Lula, com um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) médio de 5,8% ao ano, do que no governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), em que o IPCA médio esteve em 7,4% ao ano.

Como resultado dessa política, disse, foram criados quase 11 milhões de empregos formais e o salário mínimo registrou ganho real de 74,9%.

A senadora disse que "são até risíveis" as críticas hoje feitas à gestão das reservas cambiais do país, considerando a gestão cambial da primeira metade do governo FHC "desastrosa", centrada no regime do câmbio fixo, "com os conhecidos custos fiscais" e de aumento de vulnerabilidade externa que quase arruinaram o país entre 1998 e 1999, durante as crises asiática e russa.

- Àquela época tínhamos reservas de menos de 50 bilhões de dólares, o que, conjugado com o uso do câmbio fixo administrado, constituiu um verdadeiro convite ao ataque especulativo contra nossa moeda - afirmou.

A representante de São Paulo ressaltou ainda que as reservas atuais, de US$ 300 bilhões, permitiram ao país passar "praticamente incólume", em 2008, pela maior crise financeira mundial desde a Depressão de 1929. Esse mecanismo, segundo ela, também inverteu a condição de setor público de devedores líquidos externos de 15,7% do PIB, em 2002, para credores externos de 10,2% do PIB, em 2010.

Marta Suplicy apontou o uso de linhas de crédito direcionado e de diferentes taxas de juros pelo governo Lula como importante instrumento de política pública, além do aumento do volume de crédito e a inclusão bancaria. A senadora, no entanto, reconheceu que houve aumento de gastos, "mas do bom gasto", em áreas em que demandam a liderança do Estado como agente indutor do desenvolvimento.

Em sua avaliação, a discussão sobre responsabilidade fiscal não pode se limitar ao debate orçamentário, pois ela também significa estímulo ao gasto público em setores em que o Estado não pode se omitir, como na saúde e na proteção das minorias.



02/03/2011

Agência Senado


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