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Hillary e Dilma discutem medidas de combate à corrupção e transparência de dados públicos

A presidenta Dilma Rousseff e a secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, se reuniram nesta terça-feira (17) na 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto - cujo nome em inglês é Open Government Partnership (OGP). A sessão foi aberta com o tema O Uso da Transparência Como Meio para Transformar Vidas On-line e Off-line. 

O encontro foi copresidido pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos e, contou com a presença de representantes de 42 países. 

No encontro, Dilma e Hillary defenderam ações que estimulam a transparência de dados oficiais. O objetivo é fortalecer políticas nacionais de transparência e combate à corrupção por meio do intercâmbio de experiências em execução nos países que integram o grupo. 

Criada no ano passado, a conferência surgiu de uma ideia de Dilma e do presidente norte-americano, Barack Obama, que conversaram na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A parceria é um fórum de participação voluntária que reúne governos e entidades da sociedade civil. 

Na segunda-feira (16), Hillary conversou com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante a 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global (DPG) Brasil-Estados Unidos. 

Hillary elogiou o Brasil, mas foi cautelosa ao defender a inclusão dos brasileiros em um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, caso ocorra uma reforma do órgão. 

O ministro e a secretária norte-americana conversaram ainda sobre a crise na Síria, os ataques terroristas no Afeganistão e os programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte. Para ambos, é preciso dar um voto de confiança ao presidente sírio, Bashar Al Assad, que prometeu um cessar-fogo imediato. No caso do Afeganistão, a secretária disse que os norte-americanos manterão o apoio ao governo afegão.

No entanto, Hillary foi incisiva ao se referir à Coreia do Norte, que faz testes com mísseis de longo alcance. Segundo ela, o governo norte-americano deve substituir essas experiências por medidas que privilegiem a qualidade de vida da população, que sofre com a falta de alimentação. Já em relação ao Irã, ela disse que está confiante no fim do impasse em relação ao programa nuclear. 

Com o tema Responsabilidade e Desafios Decorrentes da Abertura será realizada a plenária de quarta-feira (18). O foco do debate estará na visão de como administrar os desafios e riscos decorrentes da abertura e maior participação de diversos atores, que incluem interpretações equivocadas, uso incorreto e politização da informação. 

Esta reunião terá o comando do ativista de combate à censura no Iêmen, Walid Al-Saqaf; do secretário de Estado do Reino Unido, Francis Maude; do secretário de Estado da Tunísia, Ben Abbes; e do jornalista da Folha de S. Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abaji), Fernando Rodrigues. 

A moderação ficará a cargo do correspondente do governo dos EUA para o Grupo de Mídia O´Reilly, Alexander B. Howard. 

Fonte:
Agência Brasil
Controladoria-Geral da União

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