Jader critica denuncismo e diz que o Congresso tem muito o que fazer



O presidente do Senado, Jader Barbalho, criticou na manhã desta quarta-feira (dia 30) o clima de "denuncismo" vigente e alertou que "isso não é bom nem para o Congresso e nem para o país". O senador lembrou que a nação tem problemas graves a enfrentar, como a crise de energia, enquanto o Legislativo precisa voltar-se para temas importantes como a nova Lei das Sociedades Anônimas, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e outras matérias "da maior relevância" a serem examinadas.

A polêmica em torno da lista de votação que foi extraída do painel eletrônico do Senado, por ocasião da votação secreta que cassou o mandato do ex-senador Luiz Estevão, por outro lado, foi classificada por Jader como "fora de moda". Após tantas negativas sobre a existência física da lista, observa o presidente do Senado, "a lista não tem credibilidade, como também não tem credibilidade que se discuta um assunto cuja votação foi secreta, há mais de um ano, e caso surja um documento agora, legalmente ele não tem valor, como moralmente também não terá valor algum".

Jader disse encarar como "uma bobagem, essa curiosidade sobre como votaram as pessoas em torno de um fato superado, razão pela qual não vejo como isso colabora para o país". O senador preferiu, por outro lado, não fazer qualquer "juízo" a respeito dos estudos que teriam sido encomendados por parlamentares do PFL para avaliar se o senador José Eduardo Dutra (PT-SE) poderá ser denunciado junto ao Conselho de Ética, como tendo tido conhecimento antecipado da existência da lista de votação. "Não conheço o assunto", explicou.

O presidente do Senado fez questão de destacar, por outro lado, a importância de o país sair do clima de denuncismo, "alguns deles irresponsáveis e inconsistentes", para concentrar-se em temas e questões relevantes para a superação de problemas. A questão em torno da possibilidade de o presidente da República ter tido notícia da lista ou não também é vista como "irrelevante" por Jader Barbalho. "Irregularidade cometeu quem pegou a lista", concluiu.

30/05/2001

Agência Senado


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