José Jorge quer união das oposições para 2006



O senador José Jorge (PFL-PE) disse nesta quarta-feira (3) que os resultados das eleições municipais deram um recado claro para os partidos de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, as oposições precisam se unir e formar uma frente para ter uma ou mais de uma candidatura viável para concorrer à Presidência da República em 2006.

- As eleições municipais derrubaram a teoria de que o presidente já estaria reeleito. Precisamos criar uma frente política para que não tenhamos um partido hegemônico - afirmou.

José Jorge assinalou que o PT usou todas as armas de que dispunha, inclusive com a participação do presidente Lula, que foi multado em R$ 50 mil, e a utilização da máquina governamental, e mesmo assim foi derrotado nas maiores capitais. O senador elogiou o trabalho da Justiça Eleitoral e comparou a velocidade dos resultados das eleições brasileiras com a das demoradas eleições norte-americanas. "Podemos nos orgulhar", disse.

O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) afirmou que a grande vitoriosa foi a democracia e disse esperar que haja uma transição democrática, como a realizada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Espero que a cidade de São Paulo continue tendo o mesmo tratamento que tinha com a prefeita Marta Suplicy - observou.

O senador César Borges (PFL-BA), por sua vez, afirmou que o governo federal só se preocupa com a macroeconomia e que os problemas sociais, que seriam o forte do PT, só se agravam "e não há política compensatória que resolva".

Para José Jorge, o governo federal terá que mudar a forma como se relaciona com o Congresso Nacional. Ele citou reportagem segundo a qual o governo estaria montando uma "operação adesão" para compor uma base mais confiável no Senado, onde tem sofrido seguidas derrotas. "Para votar as matérias que lhe interessa, o governo só precisa mobilizar sua base para que esteja aqui para votar", assinalou.

- Para ter governabilidade, é preciso melhorar as condições econômicas do país. A taxa de juros é alta; o ministro Palocci (Antonio Palocci, da Fazenda) prometeu diminuir a carga tributária, mas ela já está próxima a 40%; o intervencionismo estatal está no modelo elétrico, na Petrobras, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e nas nomeações das agências. É preciso desamarrar a iniciativa privada. Caminhamos para trás na evolução alcançada pelo governo Fernando Henrique Cardoso nas questões sociais - concluiu.



03/11/2004

Agência Senado


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