MAURO MIRANDA COMEMORA VENDA DE AVIÕES PELA EMBRAER
A venda de 200 aviões para a empresa suíça Crossair, pelo valor de US$ 4,9 bilhões, realizada pela Embraer na feira parisiense de Le Bourget, foi comemorada nesta terça-feira (dia 15) pelo senador Mauro Miranda (PMDB-GO). "Trata-se de operação inédita na história das exportações brasileiras", observou o senador. Com outros contratos já garantidos nos últimos dias, revelou Miranda, o volume de encomendas chega a US$ 6,2 bilhões, gerando uma expectativa de 3.500 novos empregos diretos e 1.500 indiretos.Para o senador, a defasagem do câmbio foi responsável pela quebra de empresas, pelo aumento do desemprego, elevou o déficit comercial e mudou a cultura de país exportador. No entanto, Mauro Miranda acredita que este quadro começa a mudar. "Alguns fatos mais recentes dão a impressão de que estamos respirando estoques novos de oxigênio", afirmou. Como exemplo, o senador citou o setor têxtil, onde as importações estão caindo gradualmente de US$ 998 milhões em 1996 para US$ 161 milhões no período de janeiro a abril deste ano.Outra área, importante para Goiás, apontada pelo senador é a de produção e exportação de frangos. Segundo ele, a renda estimada de exportações para este ano é de US$ 900 milhões, contra US$ 740 milhões em 1998. O senador anunciou que, em junho do próximo ano, será inaugurada a produção do complexo agroindustrial da Perdigão na cidade goiana de Rio Verde. "Serão criados três mil novos empregos diretos, com repercussões na cadeia produtiva de toda a região Sudoeste do estado, onde já existe uma grande tradição de produção de soja e milho, as principais matérias-primas para a produção de rações", explicou.- Cabem ao governo, pelo menos, algumas decisões fundamentais, como a confirmação de investimentos no valor mínimo de R$ 12 bilhões para a próxima safra, reduzir os entraves fiscais e burocráticos para a importação de máquinas e equipamentos destinados à indústria e à agroindústria, promoção de novos acordos comerciais com blocos ou países, dinamizar a estrutura de promoção comercial na burocracia diplomática do Itamaraty, e buscar presença mais agressiva nas feiras internacionais - concluiu Mauro Miranda.
15/06/1999
Agência Senado
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