Meio Ambiente: Goldemberg defende fontes de energia renováveis nos Estados Unidos



40% da matriz energética brasileira provém de fontes renováveis, afirma secretário

Como o Brasil conseguiu compatibilizar a auto-suficiência em energia com a preservação ambiental, de forma a que 40% de sua matriz energética provém de fontes renováveis? Nos Estados Unidos esta é uma pergunta feita com certa insistência e que durante este mês será respondida diversas vezes pelo professor José Goldemberg, secretário do Meio Ambiente do Estado, em uma série de conferências e discussões em torno do tema desenvolvimento sustentável, que está se realizando naquele país.

O professor Goldemberg explicará em seus encontros que a matriz energética brasileira é uma das mais limpas, demonstrando que mais de 40% é proveniente de fontes renováveis. Isso é devido à grande produção de energia elétrica de origem hídrica, sem consumo de combustíveis fósseis e emissão de gases que provocam o efeito estufa. O secretário lembrará ainda que mais de 40% da gasolina brasileira cedeu lugar ao etanol da cana-de-açúcar, que é também renovável. A troca da gasolina por álcool no volume atingido foi possível graças à recente introdução dos motores flex-fuel.

Nas duas primeiras semanas deste mês, o secretário vai participar de três eventos na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em Nova York. O primeiro, promovido pelo International Institute for Applied Sistem Analysis - IIASA, vai tratar dos planos de um novo estudo global sobre energia e sustentabilidade. O primeiro desses estudos foi preparado sob coordenação do professor Goldemberg e realizado com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

No Habitat, órgão das Nações Unidas encarregado de problemas da urbanização e transporte, Goldemberg vai apresentar o trabalho desenvolvido em São Paulo para a eletrificação de favelas e as medidas que estão sendo adotadas para desafogar o transporte, enfocando especialmente a construção do Rodoanel Metropolitano. O terceiro evento do secretário será na Fundação das Nações Unidas, onde apresentará as vantagens do programa do álcool no Brasil e o seu sucesso como instrumento de desenvolvimento sustentável.

Terminadas as atividades em Nova York, Goldemberg participa, em São Francisco, de um encontro com cientistas e empresários interessados na disseminação do uso de fontes renováveis de energia em todo o mundo. O secretário vai fazer uma exposição para demonstrar a viabilidade do programa brasileiro do álcool nos demais países da América Latina, no Caribe e na África, revelando também que a importação de álcool pelos Estados Unidos e Europa contribuirá para a redução das emissões de carbono nesses países, contribuindo para o cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto.

Antes de encerrar a sua visita aos Estados Unidos, o secretário vai participar de um seminário na Universidade de Princeton, onde vai discutir temas como os possíveis cenários energéticos mundiais e o papel da energia nuclear e as suas implicações como a proliferação de armamentos nucleares. Consta da sua agenda ainda um encontro com David Sandalon, coordenador do Grupo de Energia e Mudanças Climáticas, da Fundação Clinton, que realizará em sete

05/12/2006


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