Mercado prevê inflação menor em fevereiro, segundo boletim Focus



Os analistas e investidores do mercado financeiro, consultados pelo Banco Central, reduziram as estimativas para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro, de 0,65% para 0,63%. O índice mede a inflação oficial do País. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24), por meio do boletim semanal Focus. 

Apesar de vários índices indicarem desaceleração neste início de ano, o mercado aumentou a expectativa de alta para2014. Amediana das estimativas para a alta do IPCA em 2014 passou de 5,93% para 6%. Em 12 meses, a projeção foi de 6,05% para 6,11%. Já a previsão para o aumento do IPCA em 2015 foi mantida em 5,70%. Para março, a projeção subiu de 0,50% para 0,54%.

A expectativa das instituições financeiras para o investimento estrangeiro direto (IED), recursos externos que vão o setor produtivo do País, subiu de US$ 58 bilhões para US$ 58,8 bilhões, em 2014. Para o próximo ano, seguiu em US$ 57,3 bilhões.

 

Mas a grande aposta da semana no mercado é sobre quanto deve subir taxa de juros básicos da economia, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na próxima quarta-feira (26). Os analistas consultados pelo BC prevêem aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana, passando de 10,50% para 10,75%. 

Nas últimas reuniões, o Copom tem elevado a taxa a um ritmo de 0,50 ponto percentual. Mas o mercado acha que o aperto monetário será menor desta vez, principalmente depois que o governo anunciou, na semana passada, a nova meta de superávit primário deste ano, de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), que foi bem recebida pelo mercado. 

A previsão de expansão do PIB neste ano foi reduzida pela terceira semana seguida, a 1,67 %, ante 1,79 % na semana anterior. Para2015 aexpectativa de expansão é de 2%, contra 2,1% na semana passada, queda de 0,10 ponto percentual.  

A estimativa para a expansão da produção industrial passou de 1,93% para 1,87%, neste ano. E de 2,89% para 3%, em2015. Aprojeção do mercado para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 34,8% para 34,7%, em 2014, e se manteve em 35%, em 2015.  

A projeção para o saldo negativo em transações correntes (compra e venda de mercadorias e serviços entre o Brasil e o exterior) foi ajustada de US$ 74,6 bilhões para US$ 75 bilhões, neste ano, e de US$ 68 bilhões para US$ 67,8 bilhões, em 2015.

A projeção para o câmbio do dólar subiu de R$ 2,48 para R$ 2,50, ao final de 2014, e segue em R$ 2,55, no próximo ano. 

Fonte: Portal Brasil com informações do Banco Central



24/02/2014 11:42


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