Mestrinho: denúncias contra Jader são graves
O fato de ser integrante do mesmo partido de Jader - o PMDB - não influirá, de acordo com Mestrinho, na condução dos processos no conselho. "Cumprirei rigorosamente o meu dever, dentro do regimento, da lei e da Constituição. Vínculos pessoais, de um lado, e ódios, de outro, não combinam com a vida pública. Eu jamais absolverei um amigo que seja culpado, como jamais condenarei um inimigo inocente", disse.
Na avaliação de Gilberto Mestrinho, acima dos interesses dos senadores, está em jogo a imagem do Senado, prejudicada por denúncias de corrupção envolvendo parlamentares. "Quando uma instituição como o Senado sofre máculas, a ameaça não recai sobre um parlamentar. É o próprio regime democrático que corre risco", observou.
O senador salientou que torce para que as explicações de Jader sejam convincentes, mas garantiu que o Senado não titubeará em punir possíveis desvios. "O Senado tem que ter a coragem de absolver os inocentes - e eu tenho esta coragem. Mas não podemos tergiversar: temos que cortar na própria carne quem quer que seja, se necessário for, para preservar o nome desta instituição", afirmou.
No mesmo pronunciamento, Mestrinho se defendeu de acusações publicadas na imprensa de que ele teria cometido irregularidades na construção do sambódromo de Manaus, quando o atual senador era governador do Amazonas. Ele entregou à Mesa do Senado documentos que comprovariam a sua inocência.
Em aparte, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) se disse certo de que Mestrinho se comportará como magistrado à frente do conselho, "porque acima de tudo está a instituição".
01/08/2001
Agência Senado
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