Ministra do Planejamento nega saída do PAC para Casa Civil



A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, refutou durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), há pouco encerrada, que o governo quer tirar da pasta que ela comanda e colocar sob a responsabilidade da Casa Civil a gerência das obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Conforme a manchete do jornal O Estado de S. Paulo deesta quinta-feira, a presidente Dilma estaria insatisfeita com o ritmo do programa, considerado fundamental para manter aquecida a economia, que parou de crescer no terceiro trimestre.

- Como o porta-voz já informou hoje cedo, a Presidência não tem intenção de transferir a coordenação do programa para nenhum outro lugar - reforçou a ministra, em entrevista ao fim da audiência.

O assunto havia sido mencionado por senadores no debate, com a ministra refutando a informação em poucas palavras. De acordo com a reportagem, que ocupou a manchete do jornal, a presidente Dilma queria aproveitar para reforçar o perfil técnico da Casa Civil, comandada por Gleisi Hoffmann, que se licenciou do Senado para exercer o cargo no início do ano. Ao mesmo tempo, a medida permitiria desafogar a pasta do Planejamento, que responde pela elaboração e acompanhamento dos orçamentos.

A audiência foi programada para um balanço atual do andamento do PAC 2, a segunda fase do programa. Os senadores aproveitaram para pedir à titular da pasta informações sobre obras em seus estados, inclusive eclusas e outras obras destinadas a navegabilidade de rios em que foram construídas barragens para produção de energia.

A ministra confirmou que o governo discute com a Vale a possibilidade de a empresa incluir em seus investimentos uma dessas obras - o derrocamento do Pedral do Lourenço, acima da barragem do Rio Tucuruí, no Rio Tocantins, que favorecerá as exportações de minérios. Privatizada nos ano 90, a Vale ainda tem uma fatia de seu controle em poder do governo Atribui-se a pressões do governo a saída do presidente anterior da companhia, Roger Angnelli, por ele resistir a indicações de investimentos considerados estratégicos pelo governo

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08/12/2011

Agência Senado


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