Número de agressões a homossexuais cresceu em 2010, diz Marta Suplicy



De acordo com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora do PLC 122/06, o número de agressões homofóbicas vinha diminuindo nos últimos anos, mas aumentou em 2010, superando recorde histórico e chegando a 250 notificações em um ano.

No relatório apresentado pela senadora na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde o projeto que criminaliza a homofobia deve ser votado nesta quinta-feira (12), a senadora diz que a homofobia é "um mal que aflige de maneira perversa nosso país, reconhecido internacionalmente como um dos que registram os maiores números de assassinatos por orientação sexual".

Em 2003, dados estatísticos apontavam que a cada dois dias uma pessoa era assassinada no Brasil em função de sua orientação sexual. Esse número, por si só, era "absolutamente avassalador" na opinião da senadora. Nos anos que se seguiram, porém, essa média diminuiu, passando para um assassinato a cada um dia e meio, informou.

Em 2010, no entanto, a situação piorou: o número de homossexuais assassinados superou 250 casos, segundo informou o Grupo Gay da Bahia (GGB) em seu relatório anual. Esse foi um recorde histórico, pois pela primeira vez o número de homicídios ultrapassou a casa das 200 notificações.

Igualdade

Para a senadora Marta Suplicy, o projeto de lei objetiva garantir "o princípio da não discriminação e assegurar a igualdade de tratamento entre todas as pessoas, independentemente da sua nacionalidade, sexo, raça, origem étnica, religião ou crença, deficiência, idade ou orientação sexual".

- A proposta é extremamente positiva, pois protege as minorias não aceitas numa sociedade predominantemente heterossexual, intolerante à homossexualidade - ressaltou Marta em seu relatório.



10/05/2011

Agência Senado


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