Participação de estrangeiros na dívida interna bate recorde



A taxação das aplicações externas em renda fixa não impediu a participação de estrangeiros na dívida pública interna de bater recorde em março. Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Tesouro Nacional, eles detinham 12,12% dos títulos públicos federais no mês passado, o maior valor desde o início da série histórica em 2005. Em valores absolutos, o indicador atingiu R$ 215,27 bilhões.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, a alta está mais relacionada ao rendimento dos títulos em poder dos estrangeiros do que a entrada de novos aplicadores. Ele, no entanto, não informou o volume de investidores internacionais em março. Disse apenas que a entrada não foi expressiva.

Apesar do recorde de investidores estrangeiros na dívida interna, o coordenador disse que a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no ingresso de aplicações estrangeiras está conseguindo conter a entrada de capital especulativo no Brasil. “Esse aumento representa apenas uma oscilação pequena em relação aos 11,9% de investidores estrangeiros registrados em janeiro e fevereiro”, declarou.

Atualmente, os investimentos estrangeiros em renda fixa pagam 6% de IOF para entrar no País. De acordo com o governo, a taxação tem como objetivo desestimular o capital de curto prazo que ingressa no Brasil e derruba a cotação do dólar. Os investimentos em renda fixa no longo prazo são menos afetados porque o imposto é diluído ao longo de anos.

 

Fonte:
Agência Brasil



24/04/2012 12:49


Artigos Relacionados


Participação de estrangeiros na dívida pública interna cai em abril

Aumento do IOF faz participação de estrangeiros na dívida interna ficar estável

Participação de estrangeiros na dívida pública interna passa de 10% pela 1ª vez

Participação de produtos importados no mercado industrial bate recorde, indica CNI

País bate recorde na economia para pagar juros da dívida pública: R$ 93,5 bi em 2011

ADEMIR INDAGA POR QUE A DÍVIDA INTERNA CRESCEU 200%