Paulo Octávio diz que corretor de imóveis tem de ser "soldado do meio ambiente"



 O senador Paulo Octávio (PFL-DF) conclamou os corretores de imóveis a cerrar fileiras com os defensores do meio ambiente, evitando que sejam vendidos novos imóveis em áreas de risco ou cuja construção possa de alguma forma afetar o meio ambiente. Ele discursou no Plenário, durante a homenagem aos corretores de imóveis pelo transcurso de seu dia, comemorado no domingo (27).

- O corretor de imóveis moderno não é aquele que cuida apenas de uma transação entre o dono e o cliente. Ele hoje orienta investimentos, contribui na discussão sobre o planejamento urbano. O corretor moderno não pode ser conivente, por exemplo, com aqueles que jogam esgotos in natura nos cursos d'água ou despejam lixo em qualquer lugar - afirmou o parlamentar, autor do requerimento de homenagem.

O senador lembrou que trabalhou por muitos anos como corretor de imóveis e prestou homenagem a Antônio Macuco Alves, conhecido como Toneco, um dos pioneiros do setor no Brasil e que batalhou, há mais de 50 anos, pela regulamentação da profissão e para unir os profissionais em associações de classe. Na homenagem, o Plenário do Senado foi ocupado por corretores convidados.

Paulo Octávio informou que no Brasil existem 180 mil corretores de imóveis e suas associações de classe têm se preocupado, nas últimas décadas, em melhorar a capacidade técnica de seus filiados, com a exigências de cursos de aperfeiçoamento. Informou que Juscelino Kubitschek determinou que a venda de imóveis em Brasília, durante sua construção, fosse feita por corretores, que percorreram o Brasil oferecendo lotes na nova capital. O pai do senador, por exemplo, dentista de Lavras (MG), comprou um lote em Brasília.

O senador pelo DF pediu que a Câmara aprove projeto de sua autoria (PLS 366/03) obrigando os cartórios de registro de imóveis a incluírem na escritura de compra e venda o nome e o número do registro do corretor e o valor recebido. Ele acredita que isso dará mais confiança ao comprador, além de evitar sonegação de impostos.

Em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) defendeu a aprovação de projeto de lei de sua autoria (PLS 167/03) que isenta de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a venda de veículos novos para corretores de imóveis, ponderando que o veículo é seu instrumento de trabalho.

A mesa da homenagem foi composta pelo presidente da Casa, Renan Calheiros; o senador Paulo Octávio (PFL-DF); o presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis e do Conselho Regional do Distrito Federal, Luiz Carlos Attié; e o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal, Hermes Alcântara.

Em entrevista à Agência Senado, o presidente do Conselho Federal de Corretores, Luiz Carlos Attié, observou que o setor vem crescendo a uma taxa de 6% ao ano, abaixo da previsão para 2006, de 8,5%. Também em entrevista, Hermes Alcântara, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal, disse que a corretagem é um setor alavancador do crescimento da economia, pela geração de emprego e renda que proporciona. Chamou Paulo Octávio de "arauto da causa dos corretores" por suas iniciativas em defesa da categoria.



29/08/2006

Agência Senado


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